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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

12-2021 (v. 4) Do Coreto


clac


desmancham a última barraca da feira

rumor de pneus no asfalto molhado

feixe escapa de seteira da matriz

canto ainda exala ranço de óleo

intragável sorvete diet


crat,


em meio

a odores,

luzes, sons,

toques, sabores,

em sinestesias,

me desloco,

ao redor

coreto,


plat,


com gostos

aromas

indefinidos

um pesadelo de valsa


trac,


farfalham

as folhas

faiscantes

dos fícus


crat,


estrondeiam bicicletas motorizadas

umas pela direita

do lado do cinema

venom em exibição

do hipermercado fechado

umas pela esquerda

do lado da sorveteria vazia

do boteco aberto

do mercadinho fechado


amarelo,

vermelho, verde,

amarelo, vermelho,

verde, amarelo


percebo

de repente

que degluti

sem perceber


des-coordenadas

mãos e mentes


regurgito

quase vomito


ergo sum


do banco

de madeira quebrado,

sem encosto,

desço a escadaria,

lanço copinho e colherzinha de plástico na lixeira,

o vento os faz adernar,

interrompo o passo,

retorno,

faço o depósito,


abro guarda-chuva,

para me proteger da neblina


Com o paladar

ainda amargando,

vou ao boteco,


coloco máscara,

peço uma ks.


Do pórtico,

passo em revista,

o ao redor

tento um pouco de desfoco


retiro a máscara

beberico

o gás intensificado

via gargalo de vidro


revejo o caule de ficus

cortado, apodrecido,

com vários copos

e guardanapos

e talheres

plásticos

ao redor

e além


em fissura

no centro do canteiro,

há alguns dias, no início

nas primeiras águas da primavera,

inseri terra de compostagem caseira

plantei o agora tenro

abacateiro


e fico a flanar

entre fascinantes

fragrâncias,

flagrantes,

frêmitos,

fragores,

fulgores,   




por vanres, 10/10/2021, v.1.05 +/ +(11/10/2021)

26042023

01feb24 07:28 às


265°


Do coreto, sinto odores, trânsitos, luzes e ruídos, desloco-me. Clac, plac, tlac, crac do desmanche da última barraca da feira, feixe de luz sai de seteira da matriz, semáforo fecha abre fecha, rumor de pneus no asfalto molhado, as folhas reluzentes dos fícus farfalham ao vento, intragável sorvete diet com sabor indefinido, bicicletas motorizadas, uma pela direita, ao lado do cinema que passa Venom, uma pela esquerda, ao lado da sorveteria vazia.


Degluti o sorvete sem perceber.


Com a boca amarga, passo a vista ao redor, coloco máscara, ergo-me do banco balançante, desço a escada, lanço copinho e colherzinha de plástico na lixeira, abro guarda-chuva, cadencio o passo, observo o caule do mais antigo ficus da praça, com vários copos plástico ao redor, cortado, apodrecido, com uma abertura no centro, em que colocaram terra e plantaram um tenro abacateiro, me alieno das luzes dos ruídos dos odores dos…





por vanres, 10/10/2021, v.1.04+ (11/10/2021)


265° do coreto


Do coreto, sinto odores e observo trânsitos, luzes e ruídos. Clac, plac, tlac, crac do desmanche da última barraca da feira, feixe de luz sai de seteira da matriz, semáforo fecha abre fecha, rumor de pneus no asfalto molhado, as folhas reluzentes dos fícus farfalham ao vento, intragável sorvete diet com sabor indefinido, bicicletas motorizadas, uma pela direita, ao lado do cinema que passa Venom, uma pela esquerda, ao lado da sorveteria vazia. 

Degluti o sorvete sem perceber.


 Passo a vista ao redor, coloco máscara, ergo-me do banco balançante, desço a escada, lanço copinho e colherzinha de plástico na lixeira, abro guarda-chuva, cadencio o passo, observo o caule do mais antigo ficus da praça, com vários copos plástico ao redor, cortado, apodrecido, com uma abertura no centro, em que colocaram terra e plantaram um tenro abacateiro,  me alieno das luzes dos ruídos dos odores dos…  



por vanres, 10/10/2021, v.1.03 + (11/10/2021)


265° do coreto


Do coreto, sinto odores e observo trânsitos, luzes e ruídos. Clac, plac, tlac, crac do desmanche da última barraca da feira, feixe de luz sai seteira da matriz, semáforo fecha abre fecha, rumor de pneus no asfalto molhado, as folhas reluzentes dos fícus farfalham ao vento, intragável sorvete açucarado com sabor indefinido, bicicletas motorizadas uma pela direita, ao lado do cinema que passa Venom, uma pela esquerda ao lado da sorveteria vazia na noite. 

Sorvete sumiu e nem percebi. Passo a vista ao redor, coloco máscara, ergo-me do banco balançante, desço a escada, lanço copinho e colherzinha de plástico na lixeira, abro guarda-chuva, cadencio o passo, me afastando das luzes e ruídos …  


por vanres, 10/10/2021, v.1.02 + (11/10/2021)


265° do coreto


Do coreto a observar os trânsitos, luzes e ruídos da cidade, em noite chuvosa.

Clac, clac  do desmanche das barracas da feira de artesanatoda,  rastilho deles luz atravessa seteira da matriz as árvores balançam ao vento suave, semáforo fecha, abre, fecha, o ruído dos pneus no asfalto molhado o sorvete extremamente açucarado açucara com sabor indefinido bicicleta motorizada uma pela direita, ao lado do cinema que passa Venom uma pela esquerda ao lado da sorveteria vazia na noite fria

Meu sorvete acaba me levanto coloca a Máscara abro guarda-chuva desço a escada o copo de plástico na lixeira encontrei a passo enquanto me afasto dos ruídos da noite


por vanres, 10/10/2021, v.1.01 + (10/10/2021)


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