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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

65/#24 Empatia Literária ou "literomasoquismo"

Talvez por empatia em altas dosagens, muito me impactam certas obras literárias. 

De fato as que me disponho a passar da 10a página ler.

Sinto esse impacto na leitura de vários clássicos, de autores como Dostoyevsky, Goethe, Melville, Hemmingway, Fitzgerald.

Por escolher ler Dostoyevsky, mesmo sofrendo cim o horror, um amigo-hermano já me disse que sofro de "literomasoquismo".

Para me autocaracterizar, tiraria o "sado". E considero que o neologismo "literomasoquismo" me definiria.

No entanto, ele é leitor de meus textos; deve saber melhor que eu;  deve ter criado o neologismo pensando que sou sádico.

Na linha do literomasoquismo, há alguns contemporâneos. E são realmente os que me disponho a ler e reler.

Desde o início da pandemia, tenho os evitado. Então limitando meu "literomasoquismo", tenho lido somente clássicos nos últimos 4 anos.

Mas preciso voltar a alternar: 

um clássico, um contemporâneo; 

um estrangeiro, um brasileiro;

Abri uma única exceção em 2021, para Chico:

- Anos de Chumbo, Chico Buarque, 2021.

Só confirmou meu temor. 

Nenhuma outra exceção desde então.

Ponto.

Para se ter uma ideia sobre que tipo de livro contemporâneo me impactava, os que mais me traumatizaram em 2019, antes de necessário recesso de literatura brasileira, foram: 

- "Enterrem seus mortos", Ana Paula Maia, 2019;

- "Verão Tardio", Ruffato 2019;

- "Todos os Santos", Adriana Lisboa, 2019;

- "A noite da espera", Milton Hatoum, 2017;

Pensando nessa lista, creio que ainda vou ficar um tempo em jejum de literatura contemporânea.

E terminando "Memórias do Subsolo", de Dostoiévsky, reler "1984", de George Orwell.

Li "1984" [e "Revolução dos bichos"], entre o final de minha adolescência e início de minha 3a espiral da vida (quando me mudei para São Paulo) ao redor da metade dos anos 1990. 

Espero, agora, quase 30 anos depois, ser capaz de o reler.

Fragmentos: respostas a comentários

[30/1 11:03] Vander Resende: Argh! Sinceramente, para mim ler quase qualquer dos livros clássicos do cânone ocidental é um exercício de praticar um pouco de masoquismo.

[30/1 11:08] Vander Resende: Digo quase para não generalizar. No entanto, não consigo pensar em nenhuma exceção! Para vc, ler qual clássico ocidental não seria um exercício de masoquismo?

--

[30/1 11:31] Vander Resende: Pois é! Eu também tenho tido bastante dificuldade  para manter minha prática de leitor de livros.

30/1 11:31] Vander Resende: Me sinto muitas vezes afogado em um oceano de notícias, análises, textos curtos (considero esses como textos com menos de 15 páginas), vídeos, tweeters, tiktoks, instagrams, ...


@vanres2023 30jan24 

#estórias_de_leitor

outros textos na mesma temática:

58-24 Leituras dez23 jan24

14º 2006 Incerto dia,

06-2022 - 377 Esquecimentos Seletivos







Um comentário:

  1. Estou lendo Crime e Castigo já alguns meses. Pensei que terminaria nas férias. Férias acabando e ainda faltam 150 páginas.

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