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Antologia: Miríade, Distopia, Utopia (2004-2024) -

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Prof. Dr. Vander Resende, Doutorado em Lit Bras, pela UFMG; Mestre em Teorias Lit e Crít Cul, UFSJ

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

 58-24 Leituras dez23 jan24

[27/1 16:12] Vander Resende: De Dostoyevsky leio "Notas do Subsolo".

Comecei a ler essa novela depois de um comentário de um jovem amigo que está desencontrando-se em meio a tragédia de Raskolnikov. 

De Dostoyeviski, não só " Crime e Castigo" é uma obra densa, complexa e exasperadora.

Enquanto leio "Notas do Subsolo", não tenho como não questionar valores e atitudes.

Uma das mais traumáticas experiências de leitura, em meus quase 40 anos de leitor literário, foi "Irmãos Karamazov." - uma das obras que tenho de reler.

Embora quando o li, já fosse um ávido leitor literário - creio que lia mais de 4 horas de "literatura" por dia (sobretudo bestsellers de espionagem, guerra, terror, aventura, crises da classe média, detetives, romances históricos, etc caterva) - quando comecei a ler "Irmãos Karamazov" me senti estúpido, incapaz.

E não só como leitor! Heheh

Sobre Dostoyevsky, não nos esqueçamos de que ele talvez tenha não só "captuta[do] muito da realidade social de sua época", como um amigo fascinadonpor "Crime e Castigo" destacou, 

mas,  também 

(e as vezes temo que principalmente) 

expressado em suas representações uma série de estereótipos e preconceitos de classe, gênero, idade, etnia.

Explico: não emito esse juízo de fato, por que para os valores e princípios progressistas de hoje o julgariam um reacionário.  Emito tal juízo porque para sua época e lugar - na sociedade moscovita de fins do século xix - a representação dos personagens expressa um viés muito retrogrado, de reação aos movimentos sociais,  políticos e identitários (nem digo revolucionários, mas) reformistas e progressistas de seu tempo e espaço.

Detalhe: Realmente, Dostoievski não me faz bem, argh!

Estou lendo em EPUB, em arquivo que trás três clássicos: "Crime e Castigo", "Irmãos Karamazov" e "Notas do subsolo" .

Como no Epub é possível ampliar a fonte, talvez facilite a leitura nem sempre agradável no smartphone!

[27/1 14:26] Vander Resende: Além de que, estou lendo Steven Pinker, "Racionality".

O livro é uma busca de Pinker - que pode parecer estranho, mas nos lembremos de que estaríamos na era da pos-verdade. o que Pinker questiona - se defesa dos avanços que decorreram do Iluminismo, do pensamento científico, racional e lógico.

[27/1 14:36] Vander Resende: Também estou lendo "O ser e o nada", de Sartre.

[27/1 14:39] Vander Resende: E os "Labirintos do Fascismo", de João Bernardo! Nesse trabalho monumental, há uma análise sistemática de cada vertente do fascismo ao longo do século XX.

[27/1 17:12] Vander Resende: Sim. São difíceis algumas leituras. E geralmente demandam mais de uma, mesmo que distanciadas no tempo.

Do Saramago, que você citou, infelizmente o conheci um pouco tarde, já durante a Faculdade de Letras.

Aí, paradoxo, já não conseguia mais tanto tempo para me dedicar a leituras literárias. Embora a quantidade de leitura tenha aumentado, na média.

[27/1 17:34] Vander Resende: E o que você esta lendo?

[27/1 17:34] Vander Resende: Talvez possamos planejar uma leitura ssimultânea

E fazermos de nossas caminhamos um clube de leitores, heheh!

[28/1 09:25] Vander Resende: Quando terminar "Memórias do Subsolo", eu gostaria de reler "1984", de George Orwell. 

[29/1 09:49] Vander Resende: Então, tento ler ao menos três ou quatro livros, simultaneamente, embora de campos variados.

@vanres2023, 27jan24



 60-24 Ponto de vista 

[27/1 22:10] xxx xxx: "O ponto de vista é tudo." - RCP

[28/1 05:31] Vander Resende: Essa é uma questão clássica da filosofia e que cada vez mais, em nosso presente de crise sem fim, sempre tem a possibilidade de ser polêmica.

[28/1 05:37] Vander Resende:

Se haverá polemização, ou não, sobre esse aparente juízo do RCP, dependerá se isso foi dito como uma:

1 - constatação de uma verdade;

2 - ou como crítica/ironia ao presente;

Tenho quase certeza qual é a posição do RCP.

Mas gostaria de saber, 1 ou 2, ou ??

[28/1 07:37] xxx xxx: 

[28/1 08:19] Vander Resende: Valeu por marcar o tempo da fala!

[28/1 08:31] Vander Resende: Entendo o argumento dele. E é um daqueles assuntos em que tendo a discordar do RCP no geral, mas nem tanto.

[28/1 08:39] xxx xxx: 

[28/1 08:58] Vander Resende: Para mim, a diferença no "ponto de vista" é justamente devido à posição do PCO ser doutrinária.

[28/1 08:58] Vander Resende: E, como não poderia deixar de ser, ideológica!


[28/1 09:19] xxx xxx

[28/1 09:34] Vander Resende: Mas como ele se caracteriza como um marxista, que eu definiria como "marxista ortodoxo", ou da "esquerda classista tradicional", essa discordância não é novidade, infelizmente. 

[28/1 10:43] xxx xxx

[28/1 12:54] Vander Resende: Essa é uma perspectiva bastante míope. Considero que essa redução é determinista demais.

A fé cega na doutrina leva vocês a dizerem para um oprimido que ele nao sabe o que o oprime.

É muito autoritarismo e paternalismo pro meu gosto. E gas-lighting. Vai apenas afastar quem vocês dizem quer representar, dizer que eles não são capazes de compreender o que realmente os oprime.

[28/1 18:43] xxx xxx


[29/1 06:52] Vander Resende: Retomando a questão sobre o "ponto de vista":

[29/1 06:54] Vander Resende: Já são quase duas décadas de leituras intermitentes, bem mais frequentes nos anos 2000, de autores que poderiam ser chamados de marxianos [como dos ingleses E.P. Thompson; Raymond Williams; do jamaicano-britânico Stuart Hall; de Marcuse e Althusser; dos indianos Spivak e Bhabha).

[29/1 06:57] Vander Resende: Embora eu precisasse revisar alguns termos e conceitos, eu apresentaria a hipótese de que:

[29/1 07:16] Vander Resende: "o ponto de vista de sujeitos (vinculado a certo agrupamento social) tende a ser sobredeterminado pela identidade mais impactante em relação ao lugar sociocultural de assujeitamento. Essas identidades sobredeterminadas - que limitam o potencial do sujeito e de seu agrupamento social - poderiam ser de classe, gênero; raça/etnia; idade; ...


Qual identidade ou identidades em intersecção, o sujeito tende a ser mais consciente quanto a opressão que sofre? 

Considere, me baseando em duas décadas de estudos, leituras, e escrita, que é aquela em que mais explicitamente o sujeito assujeitado (e seu grupo identitário) mais tem consciência de ser a que mais o limita.

O limita:

 por ser a mais empregada para oprimi-lo; 

por ser a identidade / ou intersecção de identidaded que ele senti cotidianamente como sendo vilipendiada, estereotipicizada, pela identidade hegemônica, para manter os privilégios de sua identidade hegemônica.”

@vanres2002 

28jan24 29jan24 



refugo



[28/1 08:58] Vander Resende:! Já são quase duas décadas de leituras, bem mais frequentes nos anos 2000, de autores marxianos, embora eu precisasse revisar alguns termos e conceitos, eu apresentaria a hipótese de que: 


"o ponto de vista de sujeitos (vinculado a certo agrupamento social) tende a ser sobredeterminado pela identidade mais impactante ao lugar sociocultural de assujeitamento”.




61-24 

e nesta última 

segunda-feira de férias

ao longo da hora da vigília

continuaram não liquidamente

a já com sétimo dia de sintomas gripais

a fluir infinidade de excreções

desacralizando 

até mesmo

o princípio 

da hora

laudes

@vanres2023

29jan24 


 





10-2021 "No pós ditadura
 ou período da diástole
   se rompem

 as muralhas da reflexão,

em que a crítica separava 

na modernidade 

o erudito 

do popular e 

do pop"


"Arte 

deixa de ser 

literária e sociológica 

para ter dominante 

cultural e antropológico"


VR: Quem é a fonte dessa análise?
No post original aparecia:
(Fonte??? - Santiago?)
Santiago? Silviano Santiago? Quase certo que sim!

E encontro a data de criação do arquivo: 22 de Set de 2021.
Pouco tempo depois da entrega da versão definitivo da tese!
Não me lembro de porque salvei, sem referências adequadas, tal citação.
Nem lembro porque a selecionei!

Por causa de 
concordância Ou discordância 
com argumento
para posterior utilização 
  • em artigo
    • para engrossar currículum
      • "homo lates"
  • no projeto de pos-doc
    • então ainda desejado
  • sem utilidade prática 
    • apenas pelo que hoje entendo ter sido curiosidade da tese
      • que eu chamaria hoje
        • de hipótese 
  • por utilidade teórica 
    • pelo que atualmente (jan24)
      • auxilia-me a refletir
      • a respeito da estética e ética de minha produção poética.
Sobre a fonte, uma rápida busca no google localiza uma versão online, do texto de Santiago.
Embora possivelmente eu tenha acessado, em 2021, a partir da versão impressa do ensaio, publicado em "Cosmopolitismo do Pobre".
Me recordo de que a primeira vez que li tal texto, foi para uma disciplina do mestrado, em SãoJoãodelRei.
Livro dos mais relevantes da bibliografia da disciplina ministrada por Adelaine. Ela se ofereceu para comprar a edição recém publicada, para os interessados, na loja da editora da UFMG, em BH.

SANTIAGO, Silviano. “Crítica cultural, crítica literária: desafios do fim de século”. Disponível em: <www.pacc.ufrj.br>. Acesso em: 4 set. 2004
@vanres2016
23/09/21. 29jan24 30jan24

versão "original" sem edição 

No pós ditadura ou período da diástole
   se rompem as muralhas da reflexão, em que a crítica separava na modernidade o erudito do popular e do pop

Arte deixa de ser literária e sociológica para ter dominante cultural e antropológico
(Fonte??? - Santiago?)

domingo, 28 de janeiro de 2024

 57-24 heteronimia e me maltratado na reescrita


[27/1 15:53] Vander Resende: Boa tarde, meu amigo!

Tenho me maltratado na reescrita desse poema que te encaminho, já faz algum tempo.

Gostaria de compartilhar com você - que se declara amante da língua portuguesa.

Queria saber sua opinião. 

Será que a liberdade estilística no trato da língua portuguesa, nesse poema, é justificável?

Grande abraço.

Espero que estejas muito bem!


https://vanresnews.blogspot.com/2021/10/blog-post_59.html

[28/1 20:06] xxx xxx : Hermano! ...

[29/1 10:26] Vander Resende: Gratidão!

E não precisava pressa, eu devia ter falado!


Agradeço demais pelo retorno, e vou atentar para as questões pontuadas.


No caso desse poema, vou rever a questão dos termos ambíguos e "jargão", pois não são estratégias linguísticas que almejo incluir na constituição desse eu-lírico particular.


Embora, em termos estilísticos, há alguns casos de poemas, que tenho que ter cuidado para não perder o objetivo estético e a caracterização do Eu lírico.


Explico: Estou buscando construir alguns heterônimos em minha poética.


Um desses tende a buscar a ambiguidade como um meio.

Há outro, em que o uso dos "jargões" é constante.


Essas peculiaridades são constitutivas do heterônimo/ eu lírico em tela.


Então, novamente, agradeço!

E Gratidão pela paciência, heheh