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373∆24 Brasil and the world in crisis (draft)

    Temas: Brasil and the world in crisis  ( draft ) Sumário: Miríade e Distopia   (2004-2024)  Em construção: Coletânea de Poesias -   draf...

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

SP CCBB BIENALSUR Signos na Paisagem jan2024
































































































SP - Locais de bate-papo


Em São Paulo há alguns locais deliciosos e seguros para um bom bate-papo, sem a obrigação de consumir.  Entre outros, destaco:

Lounge do café da Fiesp

Mezaninno do CCBB-SP

CCSP - várias áreas de convivência 

Saguão de entrada do Itaú Cultural





Na Fiesp, Tem umas mesas e cadeiras no final do corredor de entrada no lounge Onde acontecem os shows do "café com música ".

Nos encontramos lá as 18:30!

 SP - flânerie cultural

Em minhas viagens trimestrais a São Paulo, geralmente foco na parte de artes plásticas e visuais. 

Quanto às artes digamos performáticas (teatro, dança, música, recitais) quase sempre não são apressiadas como deveriam ser. 

Embora frequentemente assista a, pelo menos, um espetáculo (de altíssima qualidade) em cada um dos centros culturais: CC Fiesp, Itaú Cultural, CC São Paulo, ...

Esses três tornaram-se especiais, por disponibilizarem áreas de convivência em que um bate-papo é possível, sem a obrigação do consumo.

@VanRes1974 

jan24



segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

08-24

No 1° dia, decido aproveitar às férias para ler menos notícias e análises de política e geopolítica;

no 2°, para ocupar o tempo, durante ou quando chegava de passeios diários centros culturais e museus, pela pauliceia desvairada, comecei a revisar poemas antigos;

no 3°, continuei a revisar e comecei a fotografar imagens que me provocam sustos em: museus, centros culturais, parques, fachadas, ruas, meios fios, ...;

no 4°,  revisei, fotografei e comecei a escrever: nas pausas entre visitas a eventos; quando passava no hostel para cochilar durante a tarde - não conseguindo tirar minha sagrada siesta; no crepúsculo, em qualquer lugar que parasse, em passeio pela paulista; na hora do lanche noturno, no hostel; antes e ao deitar-me;

no 5° dia, não conseguia mais parar de revisar, fotografar, escrever, e ainda comecei a blogar: poemas, crônicas e narrativas de viagem;

no 6°, em que se repetem os fatos anteriores, além de começar a compartilhar links e - heresia - me atrasar para visita ao MASP, pois não conseguia parar de escrever, revisar, fotografar, blogar, responder a comentários, ...;

no 7° dia, 5a feira, 11/01/24, desejo conseguir parar e interromper fotografias, revisões, escritas, blogagens e compartilhamentos: voltar a passarinhar.

no 8° dia, felizmente, os dados moveis esgotados ...

@vanres1974

 13-24 a escrita e a desconstrução do eu


a escrita possibilitaria

o meu encontro 

com o meu eu 

desejado

e a construção 

de meu outro


por essas e algumas outras

construo desse modo

uma justificativa

para dar sentido

ao ato da escrita


embora quando escrevo em uma viagem

ccbb no centro velho ao parque d. pedro 

sinto um desencontro em meu caminho

parque d. pedro ao largo do cambuci 

uma certeza de um trânsito do corpo

largo cambuci ao museu do ipiranga

enquanto a mente parece estagnar

museu ipiranga ao alto do ipiranga 

retorno as mesmas temáticas 

alto ipiranga ao jardim da saúde 

tantas vezes a se repetir

jardim da saúde ao jd savério

sem avançar raciocínio 

savério ao parque bristol

sem encontrar meu eu

antiga casa

em intensa sinestesia


então 

ao parar

deixo escrita

para a descida

de ônibus lotado 


emergem uns vislumbres

ainda que sem muita esperança 

consigo começar a reencontrar-me

reconstruindo a versão mais desejada de mim

que se perdera: na viagem ou na escrita do eu?


15jan24 

@VanRes1974





 12-24 pausa na tarde 

uma pausa 

não muito breve

das leituras infindáveis 

permeadas de escrita exasperante


a pausa 

para perguntar como vai

se a pressão como ontem não caiu

se a glicemia como transontonte não subiu


na sexta-feira 

o convite tão esperado

para fazermos a broa de milho

com coalhada em lugar de leite

adoçante em pó substitui açúcar 

farinha de trigo para não despedaçar 

pedaços de queijo canastra para contrastar

a manteiga do depósito ao invés da do mercado

sem bicarbonato, pois sabe que não aprecio cubu

a forma untada com manteiga, salpicada de farinha e canela


a ordem dos fatores

altera o conteúdo


o café sem açúcar

a broa quente e úmida 

com a rapa bem torrada 

no ponto de não queimar

o leite quente com cacau 100%


demandam tempo

relações simples 

exigem cuidado

são tão caras

são tão raras


vanres@2004

24jan2024 15:10 as 15:44




12-23 

em busca de tempo

no tórrido verão 


em meio a poda

de ervas daninhas

e experiências danosas

difícil não deixar de esperar


cotidianos anúncios 

de futuro distópico


cada vez mais risco: 

tornar-se um ressentido 

de meu impróprio passado 


então, 

prefiro 

sobredeterminar 

uma incerta utópia

enquanto procuro cultivar

quase sempre sem nenhum sucesso 

ao lado de "pessimismo da razão

um"otimismo irracional"


busca de esperança

em meio as sombras 


@vanres1974

#05032023  15jan24 

 #poema - #coleção

Virada das Identidades 15jan24

Nas últimas décadas, sobretudo após a redemocratização, sobretudo a partir de 1979 a 1984 (em termos práticos), e a promulgação da Constituição de 1988 (em termos formais), vem ocorrendo a ampliação do que chamariamos "virada das identidades".

Essa virada se relaciona, resumidamente, à ampliação das políticas de reconhecimento do valor de identidades étnico-culturais historicamente marginalizadas no Brasil. 

Uma transformação  (se nem sempre prática, ao menos legal) que levou a submersão de uma concepção  de  identidade brasileira tradicional, ou digamos, estereotipadamente, uma identidade brasileira hegemônica. 

Essa transformação ocorre, ao menos, nas universidades, nos centros culturais, museus e na mídia de grande audiência, alta circulação e alcance nacional (Redes de TV; rádios, revista, jornais). No caso, essa identidade brasileira hegemônica passava a ser problematizada e pensada como identidades (em termos raciais, étnicos e culturais, ao menos).

Esse processo ocorreria mesmo antes da explosão da revolução digital, que chegou no Brasil, ao longo dos anos 1990, e da quase universalização do acesso à rede mundial de computadores, ao smartphone e às redes sociais, a partir dos anos 2000.  

Contudo, a revolução digital - que muito intensificou em termos liberais e progressistas essa problematização da identidade brasileira hegemônica - também tem ocasionado uma abertura para o retorno à esfera pública da defesa de identidades hegemônicas.

Consideremos esse retorno em relação as artes que tem sido denominadas negra, preta, ou afro-brasileiras. 

Cada vez são mais recorrentes - no Brasil, na Europa, e nas 3 Américas - declarações (conservadoras) de que as artes estariam: em crise, em decadência, em estado terminal, perdendo a sua capacidade de crítica, sem valor estético, ... 

Para tanto, utilizam-se de termos com conotação pejorativa como, entre outros:

identitarismo

wokeness

síntese identitária 

sectarismo

guetização

etc.


Para os detratores da contemporânea virada da  identidade, recomendo que tentem visitar algumas das exposições citadas em post anterior, sobre a arte Afro-Brasileira, para estabelecerem um juízo de fato, antes de emitirem juizos de opinião. 

Juízos de opinião que, muitas vezes, me parecem desinformados, em relação à diversidade do cenário artístico atual.

Considere e analise de forma dialética:

exposições atuais;

catálogos de exposições anteriores;

livros e artigos de crítica e teoria;

Estes podem ser encontrados, em relação à cidade de São Paulo, em bibliotecas como: 

MAC USP; 

ECA USP;

IMS PAULISTA;

CCSP;

Etc;

Talvez percebam que há artistas afro-brasileir@s que produzem obras para todos os públicos, gostos, formações, valorações, ....

Ou não pesquisem, nem visitem exposições, nem analisem catálogos, nem críticas ou livros de história e teoria, e continuem a emitir juízos de opinião que sejam desinformados e preconceituosos e lacradores e canceladores, em relação à produções artísticas que não gostam, sem conhecer de forma crítica, reflexiva e dialética.

Afinal, construir juizos de opinião informados e reflexão crítica da trabalho.

E os especialistas, claro, são acadêmicos que estudaram anos sobre um tema, mas que não sabem nada comparado com quem viu alguns vídeo e fotos em redes sociais.

Quanto a identidade de classe

Quanto a literatura

cf lista da fuvest

Quanto a poesia


Quanto a filosofia, não deixa de haver  depreciações da crítica decolonial

"Em muitos casos, nossa fuga da consideração crítica do pensamento importado (memento Guerreiro Ramos e Roberto Schwarz), e nosso receio de filosofar sobre temas e problemas, apenas reproduzem - agora de modo supostamente não-eurocêntrico, anti-patriarcal, não-ocidental, étnico - sempre o mesmo atávico Magistri dixerunt, fora de lugar"

 https://aterraeredonda.com.br/reflexoes-sobre-a-filosofia-brasileira/#:~:text=Em%20muitos%20casos,fora%20de%20lugar



@VanRes1974 

sábado, 13 de janeiro de 2024

SP: Afro-Brasil: Exposições de obras Afro-Brasileiras, em São Paulo, no mês de janeiro de 2024, 09jan24 

2023 pode ser considerado como o ano da Arte Afro-brasileira em São Paulo?

Após o show de arte Afro-Brasileira na Bienal de São Paulo, Coreografias do Impossível, encerrada em dez de 2023, 2024 continua com varías mostras de artes plásticas em São Paulo, individuais, coletivas, ou temporárias ou permanentes, em que participam artistas afro-brasileir@s. A seguir vão algumas, só para dar um gostinho.  E para começar, claro, a exposição permanente e as temporárias do

Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, no Ibirapuera

MAM SP: Mãos - 35 anos  da Mão Afro-Brasileira, no Ibirapuera

CCBB- SP: Encruzilhadas da Arte  Afro-brasileira, no centro velho

Caixa Cultural: Mamáfrica – Ancestralidades africanas no Brasil e Cuba’, na Praça da Sé 

IMS: Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou, na Paulista

Itaú Cultural: obras por afro-brasileir@s, no imperdível, "Ensaio para o Museu das Origens", na Paulista.

PINA CONTEMPORÂNEA: Revoada, individual de Antonio Obá, na Luz

CC FIESP (Galeria de fotos): E o silêncio nago calou em mim, individual de Denisa Camargo

Além de diversas obras nas exposições permanentes:

- MASP, na Paulista.

- PINACOTECA, na Luz.

Outras, acrescento depois ...

Devido à virada da identidade cultural (relacionada as políticas de reconhecimento do valor de identidades étnico-culturais historicamente marginalizadas), muitos - no Brasil, na Europa, e nas Américas - tem declarado que as artes estariam: em crise, em decadência, em estado terminal, perdendo a sua capacidade de crítica, sem valor estético, ... 

Para tanto, usam termos com conotação pejorativa como, entre outros:

identitarismo

wokeness

síntese identitária 

sectarismo

etc.

Para os detratores da virada identitária e cultural contemporânea, recomendo que tentem visitar algumas das exposições citadas no início desse post, para estabelecerem um juízo de fato,  antes de emitirem juizos de opinião. 

Juízos de opinião que, muitas vezes, me parecem desinformados, em relação à diversidade do cenário artístico atual.

Considere e analise de forma dialética:

exposições referenciadas anteriormente e outras;

catálogos de exposições anteriores;

livros e artigos de crítica e teoria;

Esses podem ser encontrados, em relação a São Paulo, em bibliotecas como: 

MAC USP; 

ECA USP;

IMS PAULISTA;

CCSP;

Etc;

Talvez percebam que há artistas afro-brasileir@s que produzem obras para todos os públicos, gostos, formações, valorações, ....

Ou não pesquisem, nem visitem exposições, nem analisem catálogos, nem críticas ou livros de história e teoria, e continuem a emitir juízos de opinião que sejam desinformados e preconceituosos e lacradores e canceladores, em relação à produções artísticas que não gostam, sem conhecer de forma crítica, reflexiva e dialética.

Afinal, construir juizos de opinião informados e reflexão crítica da trabalho.

E os especialistas, claro, são acadêmicos que estudaram anos sobre um tema, mas que não sabem nada comparado com quem viu alguns vídeo e fotos em redes sociais.

@VanRes1974 

01-23

Longa caminhada, na tarde do dia 1° de janeiro, de 2023, durante umas 4 horas.

Desço do ônibus na Estação Saúde, rumo para a Avenida Paulista. 

Atravesso a Praça da Árvore, corto a Santa Cruz, aderno para a Vila Mariana, sigo para a Ana Rosa.

Entro no Paraíso, em direção à Paulista. 

Relaxadamente, flanava e vislumbrava jovens e velhos, sós e acompanhados, caminharem, apressadamente.

Em algumas pausas pontuais, uns contatos, umas informações e conversas breves com desconhecidos: Torre da Gazeta; livro de fotos, por, entre outros, Sebastião Salgado; localização do Hospital 9 de julho; Crepúsculo dos Ídolos; Che e Diário de Motocicleta, Festival cultural japonês, em breve, ...

Vejo o palco da festa da virada, não alcanço à Consolação.

Dobro à direita na Augusta, descendo para o centro velho. 

Me lembro de fazer o mesmo percurso, invertido, vinte anos atrás!

No crepúsculo, acelero o passo, após a Praça Roosevelt.

O Marajá em reforma, 

o painel de E. di Cavalcanti cada vez mais dilapidado, o obelisco do Piques destrocado, as portas do Theatro Municipal fechadas na virada.

Já anoitece. 

Atravesso o Viaduto do Chá.

Chego ao acampamento

de moradores de rua, 

cada vez maior, 

na Praça do Patriarca. 

Ao invés de entrar na Rua Direita, dobro a esquerda em direção ao Mosteiro São Bento.

Poucos passantes. 

Dezenas de moradores de rua. 

Vários com barracas montadas.

Muitos outros 

enrolados em cobertores, 

debaixo de marquises 

na Rua São Bento.


Perto da B3, 

vejo alguns jovens conversando 

na entrada do Largo São Bento

na próxima esquina


viro rapidamente pela direita

rumo ao Farol Santander

seguranças conversam

desacelero o passo 

tento me acalmar


Dois senhores seguem apressados.

Torno-me o terceiro.

Sigo alguns passos atrás.

Eles se separam

na Boa Vista. 


Acompanho 

a passo acelerado 

pela Ladeira Porto Geral. 


na 25 de março 

viramos juntos à direita

apressamos o passo 

mais apressados

vemos terminal

olhamos ansiosos

para ambos os lados 

e para trás e para frente

andamos com as mãos nos bolsos

sem nos comunicarmos seguimos juntos


dois jovens saem de ums ruela lateral

se aproximam no sentido contrário

automaticamente adernamos

ficamos lado a lado

automaticamente

nós seguimos 

juntos

eles passam

cruzamos juntos o largo

entramos juntos no terminal

controlo a respiração acelerada.


Sem nos olharmos ou nos falarmos,

cada um segue um caminho.


Compro um hot dog

e tomo uma ks.

Sigo para ponto,

do Jardim Celeste.

@VanRes1974 

01/01/2023, 21:08 07jan24 13jan24