Uma passeata contra a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa, ocorreu ontem, dia 18/08/2021, ou 18 A, em Ouro Branco, MG.
Foto: Marcelo Bessa
Entre as falas dos manifestantes, enfatizou-se que a PEC constituria-se como parte de um projeto de "ataque aos servidores públicos de baixa e média renda" e de "piora dos serviços públicos, para os cidadãos que mais deles precisam".
A manifestação ocorreu a partir das 16h, na
Av. Mariza de Souza Mendes, centro comercial da cidade que sedia a Gerdau Açominas e um dos campi da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ - Campus Alto Paraopeba).
Houve a participação de ativistas sociais, representantes de sindicatos de
categorias profissionais e filiados a movimentos políticos de Ouro Branco,
Conselheiro Lafaiete e Congonhas.
No ato e na divulgação, estavam dispostas bandeiras, logos e faixas de, entre outros: SINASEFE/IFMG; Sind-UTE/MG; Sindconstrumont; Sindicato Metabase; CUT; CSP Conlutas; PSTU; PT; UP; UJR; UJC; MML; UBM; Movimento Fé e Política; Resistência Feminina; MAB; FBP;
Ao longo da demonstração, destacou-se consequências consideradas "previsíveis e nefastas" da PEC32/2020, como: deformação da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal; obsolescência programada das entidades que prestam Serviços Públicos
(INSS; INCRA; IBAMA; Agências Reguladoras; CRAS; CAPS; SUS); estrangulamento financeiro-administrativo de Universidades Públicas
(como UFSJ; UFOP; UFMG, UFV) e Institutos Federais de educação (IFMGs Congonhas, Lafaiete, Ouro Branco, Ouro Preto); privatizações de bens públicos (Correios, Eletrobrás, Petrobras, Caixa, Banco do Brasil); cessão de bens públicos para OSs (Organizações Sociais
privadas) as quais poderão administrar educação e saúde e segurança pública; precarização e desconstitucionalização dos direitos dos servidores público de baixa e média renda.
Um aspecto curioso destacado, e que contradiz a "narrativa" dos defensores da PEC, é haver uma "manutenção dos privilégios dos servidores públicos de alta remuneração".
Houve, portanto, uma série de falas que referenciaram a importância de se discutir o que manifestantes destacaram como sendo um projeto de "Precarização
dos Serviços Públicos".
Além disso, o ato 18A, foi um "Fora Bolsonaro"
ainda mais amplo que os anteriores e incluíu falas responsabilizando o governo federal no: aumento da inflação e da carestia; crescente desemprego; disparada do dólar que beneficia os exportadores (do agronegócio e de minerais) e prejudica a industria nacional a ampla maioria dos brasileiros; o retorno do Brasil ao MAPA da FOME; mini-reforma trabalhista (MP 1045), com vários "jabutis" que, entre outros
aspectos, precarizaria as condições dos trabalhadores; o projeto SOMAR (da SEE/MG) de cessão de escolas estaduais para organizações sociais privadas; a mini-reforma eleitoral e retorno das "coligações partidárias"; a criminalização de ativistas e de movimentos sociais (PL 1595/2019); a reforma tributária de defesa dos mais ricos, de precarização das contas dos estados e municipios e de aumento da tributação daqueles de média renda.
Houve também intervenções que citaram projetos de leis que regularizariam a grilagem de terras públicas e incentivariam invasões de reservas dos povos indígenas.
E não parou por aí, pois se enfatizaram a má-gestão da Pandemia pelo Governo Federal, pelo Ministério da Saúde e, também, das gestões estaduais (MG) e, em alguns casos, municipais; o que denominou-se como negAcionismo do consenso médico-científico, negOcionismo nas tratativas para compra de vacinas superfaturadas e negOcionismo na divulgação e propagação de medicamentos sem eficácia comprovada no combate aos sintomas da Covid-19; e outros aspectos. Ufa!
Vários manifestantes, também, declararam buscar o incentivo ao Serviço Público de qualidade e eficiente, a valorizarção do servidores públicos de baixa e média remuneração e a defesa dos interesses dos cidadãos que precisam de instituições e serviços públicos gratuitos e de qualidade.
E aí, acha que os manifestantes se excederam, ou incluiria mais algum aspecto na extensa lista acima?
Prof. Vander Resende, Professor da rede pública estadual de Minas Gerais, desde 2015, graduado em Letras e com Doutorado em Letras, Estudos Literários, pela UFMG e Mestrado em Letras, "Teoria Literária e Crítica da Cultura", pela UFSJ.
Para saber mais leia :
Chamada "reduzida".
Uma passeata contra a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa, ocorreu ontem, dia 18/08/2021, ou 18 A, em Ouro Branco, MG.
Entre as falas dos manifestantes, enfatizou-se que a PEC constituria-se como parte de um projeto de "ataque aos servidores públicos de baixa e média renda" e de "piora dos serviços públicos, para os cidadãos que mais deles precisam".
A manifestação ocorreu a partir das 16h, na Av. Mariza de Souza Mendes, centro comercial da cidade que sedia a Gerdau Açominas e um dos campi da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ - Campus Alto Paraopeba).
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