https://vanres1974.blogspot.com/2024/12/29jun14e.html
I
"Violence is so fascinating"
a conspicuous discourse about insecurity
reverberates in a chamber
full of shaded
hotspots
II
How many buses burned
in Rio de Janeiro?
No more
than the historical average
almost 440
from 2000
to 2014
How many buses vandalized
in Rio de Janeiro?
No more
than the historical average
almost 100 per year
III
new Canudos and Contestados?
Favelas in Rio de Janeiro,
Belo Horizonte,
São Paulo,
Salvador,
etc.
and so on:
IV
a inverted spirit
in relation to the Vaccine's Revolt
or the sailors at Whip's Revolt
V
circumstantial actions
on the hill
the police
go up
favela resident
goes down within coffins
VI
lack of citizenship
unrecognition of social demands
disrespect for fundamental rights
absense of constitutional guarantees
VII
- If in History
the revolts narrated
are counter-systemic
in the present
the drive
of so many revolts
are related to a urge
to be part of the market
VIII
Is that all?
It will never be
IX
apolitical acts
postmodern chaos
anarchy and anomie
X
an editor
of F@lha de S. Paulo
summarizes how the upper classes
see the demanding actions
and hurted feelings
of the revolted:
“irritation”
XI
“convenience of culture” or culture as convenience?
XII
How many cry out for revenge?
XIII
Situations
becoming more frequent:
young black people
lynched and tied to new pillories
XIV
one lynching per day in Brazil
in the first six months of 2014
How many lynchers are arrested?
XV
Don't worry: it is only a rethorical question!
XVI
More than ever,
prisons dominated
by criminal factions
XVII
How many are raped and abused?
How many die every day?
How many are beaten?
How many are assaulted?
How many are robbed?
How many are stolen?
XVIII
Illegal gun sales
break records
purchases
of safety equipment
explode
XIX
"violence
is so fascinating"
long time before
the heroes of the Coca-Cola generation
Post-Scriptum: Instructions for publication:
aside, towards the middle, so that it is hard to photocopy
Quote:
“I cannot deny what I have read, nor can I forget where I live” (the aforementioned Santiago (in: Santiago, Silviano. A literature in the tropics. São Paulo: Editora Perspectiva, 1976)
"violence is so fascinating", verse from: "Baader-Meinhof Blues", by Renato Russo - Legião Urbana
https://vanres1974.blogspot.com/2024/12/29jun14e.html
29jun14- "a violência é tão fascinante", @vanres1974; #poli; [10dec24 tue 17:15]; {09dez24, tue, 18:00-18:10}; #politics #pedagogy
https://vanres1974.blogspot.com/2024/12/29jun14_0527710367.html
"A violência
é tão fascinante"
O discurso da segurança
reverbera em uma câmara
repleta de pontos obscuros
Quantos ônibus queimados no Rio de Janeiro?
Não mais do que a média histórica, quase 440 de 2000 a 2014
Quantos ônibus depredados no Rio de Janeiro?
Não mais do que a média histórica, quase 100 por ano.
São novos Canudos e Contestados?
Favelas cariocas, paulistanas, soteropolitanas, etc e tal:
o espírito invertido da Revolta da Vacina e Contra a Chibata
ações circunstanciais no morro
a polícia sobe
o favelado desce no caixão
busca-se reconhecimento de “demandas” sociais
cidadania
reivindica-se respeito a direitos e garantias fundamentais
- Se na História as revoltas narradas são contrassistêmicas
no presente, as vividas são, sobretudo, para fazer parte do mercado -
Mas será que é apenas isso?
Nunca será.
atos apolíticos
anarquia e anomia
caos pós-moderno
um editor da Falha de s. Paulo resume o sentimento dos revoltados: “irritação”
“conveniência da cultura” ou cultura como conveniência
Quant@s clamam por vingança?
Um linchamento por dia no Brasil nos primeiros meses de 2014
Situações cada vez mais frequentes:
jovens linchados e amarrados a novos pelourinhos
Quant@s linchadores presos?
Mais do que nunca, em prisões dominadas por facções criminosas
Quant@s são estuprad@s e abusad@s?
Quant@s morrem todos os dias?
Quant@os são espanc@dos?
Quant@s são assaltad@s?
Quant@s são roubad@s?
Quant@s são furtad@s?
Vendas ilegais de armas batem recordes
Compra de equipamentos de segurança explodem
A violência era tão fascinante para os heróis da geração coca-cola
Instruções para publicação:
Bein nu cantin-u,
em direção ao meiu, pra ki ninguém tire xérox.
Citação: o já citado Santiago (in: Santiago, Silviano. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Editora Perspectiva, 1976)
“não posso negar o que já li, nem posso esquecer onde vivo”
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