As tarefas definidas nas aulas de ciências influenciam o desenvolvimento da escrita das crianças, por Universidade de Exeter
As tarefas definidas nas aulas de ciências estão ajudando as crianças a desenvolver seu domínio da língua e da gramática, mostram as pesquisas.
O estudo ilustra como a escrita dos alunos amadurece devido ao trabalho em todas as disciplinas, não apenas nas aulas de gramática.
Os pesquisadores descobriram que a variação na frequência e no comprimento das orações adverbiais está intimamente relacionada às tarefas que os alunos realizam. As exigências de que as crianças expliquem as descobertas científicas e as razões para elas, os pesquisadores acreditam, ajudam as crianças a desenvolver a maneira como usam as orações principais, coordenadas ou subordinadas.
A pesquisa, do Dr. Philip Durrant e Rebecca Clarkson da University of Exeter, e Mark Brenchley da Cambridge Assessment, foi publicada no "Journal of Writing Research".
Os pesquisadores examinaram 240 trabalhos de alunos na Inglaterra, em aulas de Inglês, Ciências e Humanidades no final da educação infantil, do ensino fundamental I, II e do ensino médio, para ver como a escrita das crianças se desenvolve à medida que envelhecem.
O estudo faz parte de um projeto mais amplo, no qual especialistas estão examinando cerca de 3.000 textos escritos por crianças de seis a dezesseis anos em escolas na Inglaterra. É a primeira parte do projeto examinar a variação sintática.
O uso de orações subordinadas é um sinal de que a escrita das crianças e a gramática estão se tornando mais complexas. As orações adverbiais foram a forma de subordinação mais comumente usada encontrada nos trabalhos examinados e desempenham papéis importantes de desenvolvimento e funcionais na escrita das crianças.
Para os alunos do ano 9, cerca de uma em cinco orações era adverbial, enquanto para os escritores do ano 11, isso aumentava para uma em duas orações.
Os pesquisadores acham que isso é produto do uso intensivo dessas orações adverbiais na redação científica. Para as aulas de ciências examinadas, em média, cada segunda oração era adverbial.
Dr. Durrant disse: "O aprendizado da gramática acontece quando as crianças colocam essa gramática em uso quando solicitadas a completar tarefas. Isso acontece em todas as aulas, não apenas nas aulas de inglês.
"Examinando tantos trabalhos, tivemos uma visão panorâmica do desenvolvimento da linguagem para que possamos ver como é e o que acontece nas diferentes aulas."
O uso de adverbiais que descrevem um evento ou situação que ocorre simultaneamente com outra coisa em textos literários é relativamente raro para alunos do 2º ano do ensino fundamental. No 6º ano, mostrou um aumento acentuado, que então se estabilizou no 9º ano, antes de subir novamente acentuadamente no 3º ano do ensino médio. O uso de adverbiais de razão em textos literários começou relativamente alto no 2º ano do ensino fundamental e no 6º . Em seguida, caiu no 9º ano e no 3º do ensino médio. Em contraste, seu uso em textos não literários mostrou um aumento de cada grupo de ano para o seguinte, com o 3º ano do ensino médio mostrando um grande aumento.
Descobriu-se que as crianças fazem mais uso de orações adverbiais à medida que progridem na escola. Para cláusulas finitas, há um salto acentuado durante os anos do ensino fundamental (2º a 6º), que se estabiliza depois.
As orações não finitas, em contraste, viram um aumento linear, com comprimento médio nos textos não literários do 3º ano do ensino médio se aproximando de 11 palavras.
Os escritores mais jovens usavam orações adverbiais para uma gama restrita de propósitos retóricos. No final do ensino fundamental, essa faixa se amplia acentuadamente e continua a crescer ao longo do ensino médio. De longe, as funções mais comuns foram aquelas que os pesquisadores dividiram em co-ocorrência e razão. O primeiro está principalmente associado à escrita literária e o último à escrita não literária. O uso de cláusulas de co-ocorrência na escrita literária mostra um aumento acentuado entre o 2º e o 6º ano e novamente entre o 9º e o 3º do ensino méido.
O Currículo Nacional [da Inglaterra] oferece pouca orientação sobre as funções das orações subordinadas e menos ainda sobre os gêneros. Espera-se que esses dados possam ter uma função útil na formação de professores, ajudando os professores a dar mais ênfase a tais recomendações e a compreender as demandas linguísticas e as oportunidades de aprendizagem apresentadas pela escrita em diferentes áreas disciplinares.
O Dr. Durrant disse: "O Currículo Nacional [da Inglaterra] atual estipula uma série de objetivos de aprendizagem sobre adverbiais para alunos do ensino fundamental e para alunos do ensino médio, mas não há reconhecimento da gama de diferentes funções que os adverbiais podem servir ou de como eles estão relacionados ao gênero . Nossa pesquisa pode, portanto, adicionar detalhes e cores aos objetivos descritos no currículo que podem ajudar os professores a entender o que eles devem esperar ver na escrita das crianças. "
Tasks set in science lessons are helping children to develop their mastery of grammar, research shows.
The study illustrates how pupils' writing matures because of work in all subjects, not just English lessons.
Researchers found the variation in frequency and length of adverbial
clauses is closely related to the tasks students are set. They believe
demands for children to explain scientific findings, and the reasons for
them, are helping children to develop the way they use finite and
non-finite clauses.
The research, by Dr. Philip Durrant and Rebecca Clarkson from the
University of Exeter, and Mark Brenchley from Cambridge Assessment, is
published in the Journal of Writing Research.
The researchers examined 240 pieces of work from pupils in England
from lessons in English, science, and humanities at the ends of Key
Stages 1 to 4 work to see how children's writing develops as they get
older.
The study is part of a broader project where experts are examining
around 3,000 texts written by children aged six to sixteen at schools in
England. It is the first part of the project to look at syntactic
variation.
The use of subordinate clauses is a sign children's writing and
grammar is becoming more complex. Adverbial clauses were the most
commonly used form of subordination found in the work examined, and play
important developmental and functional roles in children's writing.
For Year 9 writers, around one in five clauses was an adverbial
reason clause, whereas for Year 11 writers, this rose to one in two
clauses.
Researchers think this is a product of intensive use of these clauses
in science writing. For science lesson work examined on average every
second clause was a reason adverbial.
Dr. Durrant said: "Learning grammar happens by children putting that
grammar to use when asked to complete tasks. It happens across all
lessons, not just English classes.
"By examining so many pieces of work we've had a bird's-eye view of
language development so we can see what this looks like, and what
happens in different lessons."
The use of adverbials that described an event or situation
co-occurring with something else in literary texts was relatively
infrequent for Year 2 learners. In Year 6 it showed a sharp increase,
which then levels-off at Year 9 before rising again sharply at Year 11.
Use of reason adverbials in literary texts started relatively high in
Years 2 and 6. It then dropped away at Year 9 and 11. In contrast, their
use in non-literary texts showed an increase from each year group to
the next, with Year 11 especially showing a large increase.
Children were found to make greater use of adverbial clauses as they
progressed through school. For finite clauses, there is a marked jump
during the primary years (Years 2 to 6), which levels off after.
Non-finite clauses, in contrast, saw a linear increase, with mean length in Year 11 non-literary texts approaching 11 words.
The youngest writers used adverbial clauses for a narrow range of
rhetorical purposes. By the end of primary school, this range widens
sharply and continues to grow throughout secondary education. By far the
most common functions were those which researchers have divided into
co-occurrence and reason. The former is primarily associated with
literary and the latter with non-literary writing. Use of co-occurrence
clauses in literary writing shows a sharp increase between Years 2 and 6
and again between Years 9 and 11.
The National Curriculum offers little guidance on the functions of
subordinate clauses and still less on genres. It is hoped this data
could serve a useful function within teacher education
by helping teachers to put more meat on the bones of such
recommendations and to understand the linguistic demands and learning
opportunities presented by writing in different subject areas.
Dr. Durrant said: "The current National Curriculum stipulates a
number of learning goals about adverbials for primary school students
and for secondary students, but there is no recognition of the range of
different functions that adverbials can serve or of how these are
related to genre. Our research can therefore add detail and color to the
aims described in the curriculum that may help teachers understand what
they should expect to see in children's writing."