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Prof. Dr. Vander Resende, Doutorado em Lit Bras, pela UFMG; Mestre em Teorias Lit e Crít Cul, UFSJ

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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

neoliberalismo e recessão econômica mundial,

Por: Bruno Santos de Moraes
 O termo “tempestade perfeita” é usado por alguns analistas para identificar diversos fatores negativos na economia que, juntos, culminam em uma recessão. Dentre os fatores que estão sendo identificados nesta quase inevitável recessão, prevista para o ano de 2020, temos:

  • a insustentabilidade das políticas de estímulo fiscal feitas nos EUA no pós-crash de 2008;
  • superaquecimento da economia norte americana com a inflação subindo acima da meta; 
  • perigo de inflação também em outras economias do mundo, forçando os Bancos Centrais a também fazer ajustes monetários; 
  • disputa comercial entre EUA e China, com medidas protecionistas do governo estadunidense, devem impactar crescimento econômico mundial; 
  • analistas indicam também que, assim como no período pré-2008, a taxa de alavancagem dos EUA está muito alta, provando que Wall Street não aprendeu (ou não quer aprender) com o crash de 2008,

 já que os motivos desta próxima recessão são similares às daquele ano; há ainda uma crise política nos EUA, com um forte indicativo de abertura de processo de impeachment contra o atual presidente Donald Trump. Contudo, o fator mais preocupante desta nova recessão prevista é que os governos no mundo não serão capazes de fornecer ajuda financeira como feito em 2008, dado o alto nível da dívida pública dos países – o que pode tornar esta nova recessão muito mais intensa e duradoura.

Os efeitos sociais negativos do neoliberalismo em países subdesenvolvidos são conhecidos, e a “tempestade perfeita” seguida de recessão econômica mundial está sendo fundamentada na mídia internacional por analistas importantes. O que desejo expor aqui, então, é que não estou vendo nenhum alarde no Brasil sobre a relação catastrófica para a população das duas coisas acontecendo simultaneamente – neoliberalismo e recessão. No atual estágio de globalização que as nações compartilham, nosso país não pode se prender a uma “expectativa sem lastro” baseada em uma onda populista, restringindo os olhares somente aos problemas internos do nosso país sem verificar as questões externas que nos influenciam. É direito do cidadão brasileiro saber os riscos que corre.

Por: Bruno Santos de Moraes
 https://esquerdaonline.com.br/2019/01/14/neoliberalismo-interno-com-recessao-externa-a-cilada-bolsonarista/

 “Tech industry braces for skyrocketing rare earth prices” [Nikkei Asia]. “Electronic hardware manufacturers are sweating as prices for rare-earth metals surge amid soaring demand and simmering tensions between the U.S. and China, the world’s most important source of these vital materials…. Demand for rare earths has risen sharply due to their increasing use in cutting-edge technologies, including the booming electric vehicle industry, while the economic recovery from the coronavirus pandemic has fueled demand for electronics. Geopolitics are only making matters worse. China is the only country that has a complete supply chain for rare earths from mining, to refining, to processing. As of last year, it controlled 55% of global production capacity and 85% of refining output for rare-earth elements, according to commodity research specialist Roskill. … Rare earths such as neodymium oxide — a key input for motors and wind turbines — have jumped 21.1% since the beginning of the year, while holmium, which is also used in magnets and magnetostrictive alloys for sensors and actuators, have surged nearly 50% so far this year, according to Shanghai Metals Markets.”

 “Biden sets sights on the meat processing industry while lobbying soars” [Open Secrets]. “The White House took aim last week at meat processing companies for the prices of poultry, beef and pork increasing. The meat processing and products industry has already spent nearly $2.1 million on lobbying in 2021 and is on pace to match or beat its 2020 lobbying spend of $4.1 million. Director of the National Economic Council Brian Deese and other White House officials said just four firms control the majority of the meat processing market, allowing them to push higher prices on consumers while reaping record profits. Since December 2020, the price of beef rose by 14%, pork by 12.1%, and poultry by 6.6%, contributing to over half of the higher costs consumers see at the grocery store, according to the White House. The largest meat processing firms also spend the most on lobbying, according to data compiled by OpenSecrets. A study by the Open Market Institute found that JBS SA, Tyson Foods, Cargill and Smithfield Foods collectively control 53% of the meat processing market. ”