“nos rios ao norte do futuro,
lanço as redes que tu hesitante
lastreias de pedras, escritas com sombras”
(PAUL CELAN - citação livre, de memória
I
Era
uma vez
, o encontro com a verdade
, durante a madrugada
II
galos
trocavam mensagens
composição de aço avança
parte minério de ferro bruto
desce das minas gerais
douradas e devastadas
subirá
rio amarelo
novo devorador
das minas
III
enquanto
aquilo
, o que é isso?
IV
Qual é meu tempo?
{café
mogiano [com (leite mineiro / cacau baiano / canela juizdeforana / pimenta pernambucana) adoçante
amazonense (fábrica goiana / multinacional suíça)] e uma fatia
generosa de queijo [canastra (mineiro / com pingo)] e geleia [de goiaba (cascão
/ diet / Queensberry)] (itatibaina)], além de uma tigela de cereais [farinha
(biju de milho), aveia [fluminense (orgânica
/ grãos grossos / sem gluten)], castanha-do-pará [vinda do Maranhão]; chia [mexicana (plantada no matogrosso)], e
ovo [caipira ("sem aditivos e sem corantes: - ahan, oops!?!?! - )]}
V
releio
pasmado
o slogan na caneca
“Route 666”
Fell The freedom
made in china
sensação de aprisionamento
made in U. S. A.
VI
Cui bono?
Follow The money!
Money, money, money,
money, oh, yeah, money.
Suits thyself!?!?
Unfortunatly, no.
Suits me not!!?!?!
VII
na madrugada
em viagem ao redor da cozinha
VIII
Quantas
são as tantas intenções
destes a lamberem botas
dos patronos
da verita?
IX
Aumenta o desejo
de "alienação intencional"
ou como me corrigiram ontem,
talvez, pela enésima vez,
"evasão simbólica
da realidade
traumática"
Sério?
X
em que
se constroem
pressupostos
para desejos
e quereres
XI
Preciso
“reinverter as relações glocais
entre as novas causas de crises globais
e as velhas
consequências locais"?
XII
sinto me aprisionado
em uma cadeia de causalidades
retroalimentando-se
XIII
The tipping points
were arriving
one over the
others
XIV
como será possível
desaprender uma verdade?
XV
se a subjetividade
constroe-se contextualmente
imerja na ideologia desejada
leia algumas dúzias de livros
assista dezenas de horas de vídeos
converse bastante com seguidores razoáveis e iludidos
XIV
Mas dessa forma
eu não estarei
apenas
seguindo
outra doutrina?
XV
ampliam-se
frestas
na janela
brisa
enregelante
fissuras
nas paredes
expandem- se
XVI
na 8ª madrugada insone
locomotiva range e ruge
passando ao largo
da oficina desativada
maquinista apita
a quilômetros de distância
da passagem de nível
XVII
Qual
é seu lugar afetivo?
!oh!
XVI
cães ganem dissonantes
lâmpadas piscam
os galos des-en-cantam
outros respondem:
aqui, ali, lá e acolá
XV
Onde está?
Onde está o maldito bodoque?
Onde está a espingarda de chumbinho?
XIV
Qual
é mesmo
a proposta de intervenção,
em tempos de pós-verdade?
Enfim,
Quão
inútil eu me torno?
XII
Enquanto
isso, ...,
os
galos urbanos
me
despertaram novamente
continuam
a cantar na noite
em meio ao coral desafinado
às
luzes de LED por todos os lados
aos
ruídos dos trilhos re-esmagados
aos
trovejares dos escapamentos adaptados
XIV
Tudo
isso!?!?
mais e mais ainda
a dúvida a se arvorar
a certeza a se esvair
um
zumbido
ensurdece
XIII
Em lentO
desalentO
Inspiro, expirO
des-esperar-me-eI
Me dispo e corrO
pela madrugadA
XII
são 5:05 da manhã
abrindo
para balanço
e "é tudo Verdade"!?!?!
XII
Oh, ilusão,
tu!
onde
estávas?
por @VanRes2016, 14/08/2021, v06.e7.a47, (09/10/2021; 01/11/2021, 05:06 as 5:52)) 26JAN24
22/09/2024
Sumário: Miríade e Distopia (2004-2024) - draft
versões anteriores
próximo: 47° sétima noite insone ( 01-2021)
Créditos: Vander Resende
Instagram: vanres1974
https://www.instagram.com/p/CVufV1bvlJpfKM-LDME9qC47WoWiBY_Xb82P_M0/?utm_medium=copy_link
46° - [47] - E "é tudo verdade"!?!?!?,
“nos rios ao norte do futuro,
lanço as redes que tu hesitante
lastreias de pedras, escritas com sombras”
(PAUL CELAN - citação livre, de memória
I
Era uma vez
, o encontro com a verdade
, durante a madrugada
galos trocavam mensagens
composição de aço avança
ferro bruto parte
desce das minas gerais
douradas e devastadas
subirá
rio amarelo
avermelhado
devorador das minas
II
enquanto aquilo
, o que é isso?
III
Qual é meu tempo?
{café mogiano [com (leite mineiro / cacau baiano / canela juizdeforana / pimenta pernambucana) adoçante amazonense (fábrica goiana / multinacional suíça)] e uma fatia generosa de queijo [canastra (mineiro / com pingo)] e geleia [de goiaba (cascão / diet / Queensberry)] (itatibaina)], além de uma tigela de cereais [farinha (biju de milho), aveia [fluminense (orgânica / grãos grossos / sem gluten)], castanha-do-pará [vinda do Maranhão]; chia [mexicana (plantada no matogrosso)], e ovo [caipira ("sem aditivos e sem corantes: - ahan, oops!?!?! - )]}
IV
releio
pasmado
o slogan na caneca
“Route 666”
Fell The freedom
made in china
sensação de aprisionamento
made in U. S.
V
Cui bono?
Follow The money!
Money, money, money,
money, oh, yeah, money.
Suits thyself!?!?
Unfortunatly, no.
Suits me not!!?!?!
VI
na madrugada
em viagem ao redor da cozinha
se constroem pressupostos
desejos quereres
VII
Quantas são as tantas intenções
daqueles que lambem botas
dos donos de verdades?
VIII
Aumenta o desejo de "alienação intencional"
ou como me corrigiram ontem,
pela enésima vez,
"evasão simbólica
da realidade
traumática"
Sério?
Preciso “reinverter as relações entre as novas causas globais e as velhas consequências locais"?
sinto me aprisionado
em uma cadeia de causalidades
retroalimentando-se
The tipping points were gone
Ix
como desaprender é possivel?
simples
se a subjetividade
constroe-se contextualmente
imerja na ideologia desejada
leia algumas dúzias de livros
assista dezenas de horas de vídeos
converse bastante com seguidores razoáveis e iludidos
X
frestas na janela
brisa enregelante
fissuras nas paredes
expandem- se e ampliam-se
XI
na 8ª madrugada insone
locomotiva range e ruge
passando ao largo
da oficina desativada
maquinista apita
a quilômetros de distância
da passagem de nível
XII
Qual é seu lugar afetivo?
!oh dúvida!
XIII
cães ganem dissonantes
lâmpadas piscam
os galos desencantam
outros respondem:
aqui, ali, lá e acolá
Onde está?
Onde está o maldito bodoque?
Onde está a espingarda de chumbinho?
XIV
Qual é mesmo a proposta de intervenção, em tempos de pós-verdade?
Enfim,
Quão inútil eu estou?
XV
Enquanto isso, ...,
os galos urbanos
me despertaram novamente
continuam a cantar na noite
em meio ao coral desafinado
às luzes de LED por todos os lados
aos ruídos dos trilhos re-esmagados
aos trovejares dos escapamentos adaptados
XVI
Tudo isso!?!?
mais e mais ainda
a dúvida a se esvair
a certeza a se arvorar
um zumbido me ensurdece
XVII
Em lento, desalento
Inspiro, expiro, desespero!??!
Me dispo
corro pela madrugada
XVIII
são 5:05 da manhã
abrindo para balanço
e "é tudo Verdade"!?!?!?
Oh, ilusão, tu, onde estávas?
por VanRes, 14/08/2021, v06.e7.a47, (09/10/2021; 01/11/2021, 05:06 as 5:52
46° - 47° - E "é tudo verdade"!?!?!?,
Era uma vez
insone antes da madrugada
galos trocavam mensagens
composição de aço avança
ferro bruto partirá
desce das minas gerais douradas e devastadas
subirá o rio
amarelo avermelhado
devorador das minas
enquanto aquilo, o que é isso
Qual é meu tempo?
do
{café mogiano [com (leite mineiro / cacau baiano / canela / pimenta pernambucana) adoçante amazonense (fábrica goiana / multinacional de origem suíça)] e uma fatia generosa de queijo [canastra (mineiro / com pingo)] e geleia [de goiaba (cascão / diet / Queensberry)] (paulistana)], além de uma tigela de cereais [farinha (de milho), aveia [fluminense (orgânica / grãos grossos)], chia [mexicana]], e ovo [caipira (sem: aditivos / sem corantes - oops!?!?! - )]}
slogan na caneca chinesa:
“rota 66: sinta o gosto da liberdade”
sensação de aprisionamento
e ass se constroem meus pressupostos e desejos e quereres?
Quantas são as tantas intenções dos donos da verdade?
Cui bono? Follow The money! Money, money, money, money, oh, yeah, money. Suits!?!?
Aumenta o desejo de "alienação intencional"
ou como me corrigiram,
pela enésima vez,
"evasão simbólica da realidade traumática"
Sério?
Preciso “reinverter as relações entre as novas causas e as velhas consequências”?
aprisionado
em uma cadeia de causalidades retroalimentadas
quero desaprender
frestas na janela
brisa enregelante
fissuras nas paredes
ampliam-se
no 6º dia insone
locomotiva ruge
maquinista apita a quilômetros da passagem de nível
passa ao largo da oficina desativada
Qual é seu espaço, oh verdade?
cães ganem dissonantes
lâmpadas piscam
os galos desencantam
outros respondem:
aqui, ali, lá e acolá
Onde está?
Onde está a espingarda de chubinho?
Onde está o maldito bodoque?
Qual é mesmo a proposta de intervenção, em tempos de pós-verdade?
Enfim,
Quão inútil eu estou?
Enquanto isso, ...,
os galos urbanos
me acordaram novamente
continuam a cantoria noturna
coral desafinado
às luzes de LED
aos ruídos dos trilhos esmagados
aos trovejares dos escapamentos adaptados
Tudo isso!?!?
mais mais mais e mais ainda
a verdade
um zumbido ensurdecedor
são 5:05 da manhã
abrindo para balanço
e "é tudo Verdade"!?!?!?
Inspiração e desalento!??!
Oh, Verdade, tu, onde estás?
por VanRes, 14/08/2021, v06.e7.a47, (09/10/2021; 01/11/2021, 05:06 as 5:25))
Créditos: Vander Resende
Instagram: vanres1974
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