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373∆24 Brasil and the world in crisis (draft)

    Temas: Brasil and the world in crisis  ( draft ) Sumário: Miríade e Distopia   (2004-2024)  Em construção: Coletânea de Poesias -   draf...

sábado, 20 de janeiro de 2024

12/10/2007 o que me desprende          

a cada momento

o quê me prende

senão eu?


Mas um “eu”,

a cada volta

mais indefinido

[filho; irmão; amante

amigo; colega; companheiro; ciclista; estudante;

andarilho; discípulo; agente;

pesquisador; paciente; aluno; mestrando]


um estar no mundo sempre deferente, 

assujeitado a sobredeterminações indecidíveis

id est,


[(“Coleção Vagalume"

best sellers

Primeiros Passos

"Pensadores”)

fizeram-me

encontrar

des 

crenças  

{: a fé de meus pais; par perfeito; casa montada; filhos; }]



?!dez-con-fio?!

reinício: tradição de ruptura

demolirei crenças; 

deixarei paixões ao largo; 

farei amores me desprezarem

des-bastem-me as fotos

e

poemas


Mas talvez não bastem


on the road, again?

quero mais, cada vez mais, com mais intensidade

voltar a estrada da perdição


re-experimentar os sete pecados capitais

pagos

com algumas ave-marias;  de incerto pai

e atos de constrição


Há tanto tempo não me suporto

a mim,

sempre comigo


me exprimo

me espremo ,,,

meu expresso longo


Choro e lamento:

tolo, débil, fraco, bambo, frouxo: 


estou, novamente, contigo

mas me perderei

desatinado


, não voltarei mais para a casa

Segura e confortável

alegre e amiga.

prefiro outra

triste           e           vazia

(partirei)

- sou          mais-

quero

cada 

vez 

m

e

n

o

s


 di         te

`ferir´

e recomeço em um  .  final

(que não haveria)

fui para um    

tão puro, limitado e infinitO

mas, então,  me vi em uma espiral, 

um simulacro 

e-tique-ta

incerteza do caminho

      (talvez)

                 (com dúvida) qui-asmático

                 (deveras) esquizo-frênico

                 (em meio à)         paranóia

diagnóstico: geminiano bipolar

 O

X

*

#

/

 ∑

experimento

várias prescrições

des-uso uma       forma óbvia

contudo isto não significa

querer. o incerto

quero algo                   demonstrativo

cada vez         menos controlado

só. faltará. então.

saber o não-quê.


para o alto e avante

sol tétrico

lua ofuscante –


pesadelo ao meio do dia.

        reveR

  e

eM

rahca 

  uo

                    erdrpe

                                  em

                  V

                                                             \    →   ↕  ←    /

  Y           KY

               ↑        #      ↓ 

               X           W╫

                                                               ↓ \  ↔  /     ZZZ

  

Sábado,

12/10/2007 - 03:41:13 AM

07/04/2008

XZ

february 4th, 2013 a

06-10-2016

20jan24




  1. a cada momento

o quê me prende senão eu

Mas qual é esse “eu”, não é fácil definir

filho; irmão; amente

amigo; colega; companheiro; 

discípulo; mestre; aluno; estudante; doutorando;

um estar aqui sempre deferente, 

sobredeterminações indecidíveis

id est,

{a fé de meus pais; par perfeito; casa montada; filhos; 

(“Primeiros Passos” e 

“Coleção Vagalume”)}

?!dez-con-fio?!

reiniciarei a tradição de ruptura

demolirei crenças; 

deixarei paixões ao largo; 

farei amores me desprezarem

Desbastem-me em fotos

Mas talvez elas não bastem

on the road, again?

querer mais, cada vez mais, com mais intensidade

voltar a estrada da perdição

vivenciarei os sete pecados capitais

pagos com algumas ave-marias; 

incertos pais seus 

tanto tempo que suporto a mim, sempre comigo

me exprimo

me espremo ,,,

me expresso

Choro e lamento:

tolo, débil, fraco, bambo, frouxo: 

estou, novamente, contigo

mas me perderei

sem atos de constrição

, não voltarei mais para casa

Segura e confortável

alegre e amiga.

prefiro outra

triste           e           vazia

(partirei)

- sou          menos-

quero

cada 

vez 

m

a

i

s

       di         de       

          `ferir´

e recomeço em um  .  final

(que não haveria)

fui para um    

tão puro, limitado e infinitO

mas, então,  me vi em uma espiral, 

um simulacro 

e(u)-tique-ta

incerteza do caminho

      (talvez)

                 (com dúvida) qui-asmático

                 (deveras) esquizo-frênico

                 (em meio à)         paranóia

 O

X

*

#

/

 ∑

a-intento prescrições

des-uso uma       forma óbvia

contudo isto não             significa que queira

o incerto. Quero algo                   que demonstre

cada vez             menos controle

só faltará então   saber o não-quê.

para o alto e avante

sol tétrico

lua ofuscante –


pesadelo ao meio do dia.

        reveR

  e

eM

rahca 

  uo

                    erdrpe

                                  em

                  V

                                                             \    →   ↕  ←    /

  Y           KY

               ↑        #      ↓ 

               X           W╫

                                                               ↓ \  ↔  /     ZZZ

  

Sábado, 13/10/2005 - 03:41:13 AM

07/04/2008

XZ

february 4th, 2013 a

06-10-2016



01-2016 imagem, emoção, sensação

represente uma situação

com uma imagem associada


Se emerge um sentimento, 

Ocasionante de uma sensação, 

Almeje uma reflexão não obtusa,

No limite do possível.


Um limite, que, quando tocado, escapa-me, obliquamente.

Então despisto, para vislumbrá-lo, novamente.

Volto a momentos e divagações diversas, 

por tempo incerto, 

até que retomo um percurso em espiral,


Cada volta da espiral, 

não se repete, como anteriores, 

mas se repete, 

não se torns tão diferente do que era


Entre avanços e retrocessos 

A lenta e longa espiral

provoca sensação 

acerca do 

ou 

sobre o

ou

sob o

talvez perante o

    ou

adiante de

    ou

defronte do

    ou

por trás de pensamento


por Vanres1974, jan2016



 Uma imagem, emoção, uma sensação




situação 


com uma imagem associada 


sentimento


  ocasiona uma sensação


emerge reflexão 


obtusa, 


no limite do possível.




Esse limite, que, quando tocado, escapa-me, obliquamente.


 Então disperso.




Momentos de divagações diversas,


 por tempo incerto,


  até que retomo o percurso 


   em ele é uma espiral,


    não se repete, como o mesmo.


Não se repete, 


 mas também, não torna-se tão diferente do que era.:




Avanços e retrocessos 


Lenta e longa espiral de ....


uma sensação


acerca do pensamento


ou 


sobre


ou


sob


talvez


perante


    ou


adiante


    ou


defronte


    ou


por trás




por Vanres1974










 26/08/18 Bloqueados cinco e contando, por Vanres, 26ago18:

 

Enquanto a casa é tomada, não falam nada,

Silenciosos, não demonstram nem singela objeção;

De fato, parecem-me, até mesmo, favoráveis;

Praticam abjeta abstenção

 

“Amigos” de longa data, por anos, estiveram ao largo,

Não apertavam mais, a minha calejada mão;

Não olhavam mais, nos meus espelhos de suas almas;

Tal impostura dilacerava meu espírito.

 

Um declara ser filósofo cínico,

Outro declama ser um espírito livre

E outro, ainda, BLÁ, BLá, Blá blá, ...


Bloqueados cinco, outros em quarentena.


Vejo porcos, a chafurdar na lavagem;

Vejo urubus, a devorar carniça podre:

No momento, estou com pardal, 

embora comece a planar tal qual gavião

by rednav2018

 Poemas – agosto 2018

26 ago. 18 – 3 as 5 am, 1st version; 20jan24 



Bloqueados cinco, por Vanres, 26ago18:

 

Bloqueados cinco, outros em quarentena.

Enquanto a casa é tomada, não falam nada,

Silenciosos, não demonstram nem singela objeção;

De fato, parecem-me, até mesmo, favoráveis;

 

 Praticam abjeta abstenção

 

“Amigos” de longa data, por anos, estiveram ao largo,

Não apertavam mais, a minha calejada mão;

Não olhavam mais, nos meus espelhos de suas almas;

Tal impostura dilacerava meu espírito.

 

Um declara ser filósofo cínico,

Outro declama ser um espírito livre

E outro, ainda, BLÁ, BLá, Blá blá, ...

 

Vejo porcos, a chafurdar na lavagem;

Vejo urubus, a devorar carniça podre:

No momento, estou como Fênix, e flano tal qual pardal


{Não publicar, utilizar em recital}

 Poemas – agosto 2018

26 ago. 18 – 3 as 5 am, 1st 




 01/11/21 Com idosa e criança 

281°


Um homem, barba longa e raros cabelos brancos, parou o carro, saiu pela porta do motorista.

Uma idosa gesticulava no banco dianteiro direito do passageiro.

Uma criança sentava-se no banco traseiro, olhando ao redor, curiosa.

O homem abriu a porta traseira do carro, do lado esquerdo. Parecia retirar o cinto do banco infantil.

Chegou um ônibus muito próximo . Businou.

Ele olhou para o ônibus, olhou para outro lado. Fechou a porta. Encostou o corpo no carro. 

O ônibus seguiu.

 Passou por trás do carro para o lado direito.

A criança se levantou, no banco.

A idosa saiu, com dificuldades, pela porta dianteira direita.

O velho chegou na porta traseira direita, a abriu, olhou para a idosa.

A senhora fechou a porta dianteira, parou atrás dele, movendo os lábios, gesticulando. 

Quando o homem colocou o tronco na porta traseira direita, a criança já havia passado para a frente do carro, sentado no banco da esquerda. 

Abria a porta do motorista. 

Um motoqueiro quase bate na porta. Buzina forte.

O velho tira o tronco de dentro da porta traseira direita do carro, se endireita, ao se afastar apressado do carro, tromba com a idosa.

Se desequilibram, ela caindo, ele se equilibra. Consegue ainda segurar o braço direito dela.

Ela grita.

Enquanto isso, a criança desce do carro pela porta esquerda dianteira.

O motoqueiro brecou e parou a moto numa vaga três carros a frente.

Ela apoia a mão esquerda no muro de chapisco.

O velho a ampara até ela apoiar-se no chão com ambas as mãos.

Ele vira a cabeça em direção à criança e da escancarada porta dianteira esquerda.

Corre desajeitado em direção à criança. Trupica em um buraco no asfalto, 

[Fim do texto na página]

[Duas páginas em branco]

[Início de outra página] 


se apoia na traseira do carro. 

A criança, curiosamente, fechava a porta. 

Ele se equilibra e a alcança. Abre os braços para pegá-la. 

Ela faz careta e o empurra.

Ele a pega no colo. 

Ela esperneia. 

Ela a leva para onde a idosa levanta-se, com ajuda de uma passante. 

O motoqueiro arranca e parte, balançando a cabeça.

O velho fala algo com a passante e com a idosa.

A passante sorri. 

A idosa gesticula e move os lábios.

A criança esperneia no colo dele.

O velho abre a porta trazeira direita, recoloca a criança no banquinho, no lugar do meio, no banco traseiro.

 Parece recolocar o cinto.

A criança berra.

Ele reabre a porta dianteira direita e fala algo com a idosa. Ela gesticula e aponta e fala. 

Ele a ajuda a entrar. 

Fala algo com a passante, que sorri.

Ele atravessa para o lado esquerdo. Aguarda passar caminhão, carro, ônibus, moto, 

Coloca dedão direito no pulso esquerdo. Parece medir a pulsação.

Inspira e expira lentamente. Enche e esvazia o peito. Acerta postura. 

O fluxo reduz. Avança, abre a porta. Entra.

A criança berra no banco traseiro.

A idosa gesticula e fala no banco dianteiro direito.

O velho mantem a boca fechada e parece respirar de forma cadenciada. Coloca as mãos em concha na altura do coração. Fica parado, estático, alguns segundos. 

Liga o carro, dá seta para a esquerda. Aguarda um pouco. Arranca.

Segue, para não sei onde.

Embora, uma certeza, não fez o que veio fazer.

Por VanRes, 01/11/2021, v04.e7.a47 (02/11/2021, 02:12 às 03:56 20jan24


281°


Um homem, barba longa e poucos cabelos brancos, parou o carro, saiu pela porta do motorista.


Uma idosa gesticulava no banco dianteiro direito do passageiro.


Uma criança sentava-se no banco traseiro, olhando ao redor,  curiosa.


O homem abriu a porta traseira do carro, do lado esquerdo. Parecia retirar o cinto do banco infantil.


Chegou um ônibus muito próximo . Businou.


Ele olhou para o ônibus, olhou para outro lado. Fechou a porta. Encostou o corpo no carro. 


O ônibus seguiu.


 Passou por trás do carro para o lado direito.


A criança se levantou, no banco, lá dentro.


A idosa saiu, com dificuldades, pela porta dianteira direita.


O velho chegou na porta traseira direita, a abriu, olhou para a idosa.


A senhora fechou a porta dianteira, parou atrás dele, movendo os lábios, gesticulando. 


Quando o homem colocou o tronco na porta traseira direita, a criança já havia passado para a frente do carro, sentado no banco da esquerda. Abria a porta do motorista. 


Um motoqueiro quase bate na porta. Buzina forte.


O velho tira o tronco de dentro da porta traseira direita do carro, se endireita, ao se afastar apressado do carro, tromba com a idosa.


Se desequilibram, ela caindo, ele se equilibra. Consegue ainda segurar o braço direito dela.


Ela grita.


Enquanto isso,  criança desce do carro pela porta esquerda dianteira.


O motoqueiro brecou e parou a moto numa vaga três carros a frente.


Ela apoia a mão esquerda no muro de chapisco.


O velho a ampara até ela apoiar-se no chão com ambas as mãos.


Ele vira a cabeça em direção à criança e da escancarada porta dianteira esquerda.


Corre desajeitado em direção à criança. Trupica em um buraco no asfalto, 


[Fim do texto n página]


[Duas ou três páginas em branco]


[Início de outra página] 


se apoia na traseira do carro. 


A criança, curiosamente, fechava a porta. 


Ele se equilibra e a alcança. Abre os braços para pegá-la. 


Ela faz careta e o empurra.


Ele a pega no colo. Ela esperneia. A leva para onde a idosa levanta-se, com ajuda de uma passante. 


O motoqueiro arranca e parte, balançando a cabeça.


O velho fala algo com a passante e com a idosa.


A passante sorri. 


A idosa gesticula e move os lábios.


A criança esperneia no colo.


O velho abre a porta trazeira direita. Recoloca a criança no banquinho, no lugar do meio, no banco traseiro. Parece recolocar o cinto.


A criança berra.


Ele reabre a porta dianteira direita e fala algo com a idosa. Ela gesticula e fala. Ele a ajuda a entrar. Fala algo com a passante, que sorri.


Ele atravessa para o lado esquerdo. Aguarda passar caminhão, carro, ônibus, moto, 


Coloca dedão direito no pulso esquerdo. Parece medir a pulsação. Inspira e expira lentamente. Enche e esvazia o peito. Acerta postura. 


O fluxo reduz. Avança, abre a porta. Entra.


A criança berra no banco traseiro.


A idosa gesticula e fala no banco dianteiro direito.


O velho mantem a boca fechada e parece respirar de forma cadenciada. Coloca as mãos em concha na altura do coração. Fica parado, estático, uns dois minutos. Liga o carro, dá seta para a esquerda. Aguarda um pouco. Arranca.


Segue, para não sei onde.


embora, com certeza, não fez o que vieram fazer.


Por VanRes, 01/11/2021, v04.e7.a47  (02/11/2021, 02:12 às 03:56



16/08/2018 Enquanto dormimos, por Van Res

 

Falas mentiras sem fim,

Atacas nossa candura,

Escarras em nosso pão,

Enquanto isso, dormimos.

 

Se por escolha acordarmos,

Dividiremos o pisoteado chão?

Defenderemos vilipendiada alma?

Enfim, compartilharemos atrozes heranças?

 

Sinto um ígneo clamor;

Confrontarei infundadas distopias;

Enquanto dilapidam nossas memórias…


Almejo forjar diletantes utopias.

Expressando meu solidário amor,

Enquanto me refugio: na esperança …


by rednav2018, 

16ago18 20jan2024



Enquanto dormimos, por Van Res, 16ago18

 

Fala mentiras sem fim,

ataca nossa calma,

escarra em nosso pão,

enquanto nós dormimos.

 

Se por escolha acordarmos:

Dividiremos o pisoteado chão?

Defenderemos ...

 

Continua em:

: https://goo.gl/LW7288

 

Se por escolha acordarmos:

Dividiremos o pisoteado chão?

Defenderemos vilipendiada alma?

compartilharemos atrozes memórias, enfim?

 

Enquanto dilapidada nossa herança

Sinto um ígneo clamor:

Confrontarei fundidas distopias;

 

Almejo forjar diletas utopias.

Expresso meu solidário amor,

enquanto refugio-me: na esperança …



 




 



sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

 26-24 

quase meio-dia

entro no Mosteiro São Bento

para me acalmar

de uma manhã 

em que minhas resistências

as tecnologias digitais 

sobretudo sistemas de pagamento

se mostraram 

mais que justificadas 


de repente 

me vejo no

início da Hora Sexta 


me aproximo do Coro

na Liturgia das Horas

esqueço o cotidiano

fecho meus olhos  

joelhos cravados

abro os ouvidos


um hino em latim

por Coral Beneditino

seguido pela salmodia

leitura da sagrada escritura 

com as preces apropriadas


paz ao participar 

de tradicional

celebração

o Ofício 

Divino


por Resende,

19jan24 


 19-24 exaurimento 17jan24 


rangem

os joelhos 

com dificuldades

para dobrarem-se 

na subida de degraus

cada vez mais íngremes  

e só assim meio de lado

passo após passo

para descer


depois de décadas 

o corpo já tão cansado 

com a escoliose a avançar

re-trilho os mesmos percursos

são tão poucas novidades

nem sei se vale a pena 


e no meio do caminho

muitas pedras

não apenas

uma


tornozelos e pés incham-se

mesmo com meias comprensivas


os ciclos solares

a cada período 

parecem estar

mais intensos

o calor desgasta

avança mais e mais

estafante a cada noite


a mente exaurida

depois de anos e anos

entre visitas a museus

músicas monocórdicas

leituras desesperadoras

caminhadas entediantes

monólogos exasperantes

escrituras de textos herméticos 

seleções de ângulos inadequados

pesquisas em bibliotecas especializadas 


cada vez mais longas pausas

quebra do jejum e água 

entrepasto mais água 

almoço e mais água 

chá da tarde e água 

mais água sem café

no chegar da noite

não mais jantar

um lanche leve

sem água 


ao menos dois litros de água

com varias frutas secas

nos intervalos

entre eventos

que cada vez 

se alongam

mais e 

mais


@VanRes1974 

17jan24 19jan24


14-24 SP - CC Fiesp jan2024

"o silêncio nagô calou em mim"


 25-24 custos de viagem

No mais, ainda curtirei uma semana de mergulho!

flanarei 

por São Paulo 

até domingo a noite


viajo 
para São João del Rei
aonde fico 1 dia e meio 


depois 

visitarei um amigo 

em São Vicente de Minas


Deveria alcançar Queluz de Minas no próximo fim de semana!

Nesta viagem 

de início de ano 

planejei gastar 

entre R$ 1800 e 2100

em torno de R$ 120 por dia  

vim de ônibus 

fiquei primeira semana 

em Hostel

 

Nas outras viagens 

ao longo do ano

nas quais 

venho de carro e

fico na casa de meu irmão

gasto uma média 

de 100 reais 

por dia

@VanRes1974 

18jan24 


 23-24 


a voz 

potente

“fone por 5 

fone por 5, moça”

repete incessante na ida

muda para “testa na hora 

testa na hora senhor”

repete na volta


vai e volta

volta e vai

acelerado 2; 3 vezes 

entre praça da árvore 

e o metrô da santa cruz


quando sai do vagão 

vislumbro uma tatuagem 

no pescoço macérrimo: 

“e os humilhados 

serão exaltados”


e a voz 

se esvai

rapidamente 

olhando com cuidado 

para ambos os lados ao sair


entre a santa cruz

e a vila mariana

minuto depois

impressão 

de ouvir 

cadência


“… senhor …

...

...nhor…”


“... mo  …

… moça …” 


todavia

já passam

chocolates 

fones 

carregadores

cortadores de legumes 

fones 

balas

fones 

porta documentos por um real


sigo viajem 


e entram e saem 

a cada estação

outras vozes 

a olharem

com muita

atenção 

para 

ambos 

os lados 


e eu sigo até ao tietê  

para comprar 

passagem 

rumo às 

minas 

gerais


@vanres1974

18jan24 19jan24







22-24 objetividade 


como

não tornar

o outro em objeto

reificado


@VanRes1974 

18jan24 27jan24

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

 24-24 Sobre postagens: textos e fotos, 18jan24 

Neste blog, em alguns casos, sobre o mesmo tema, há postagens de imagens em um arquivo e de texto (poema ou crônica) em outro.

Em postagens sobre Hiper-realismo e sobre Murais em São Paulo, intercalei às imagens, algumas reflexões.

Explico, na penúltima e nas 4 anteriores viagens para a pauliceia desvairada, esforçei-me para conter a obsessão arquivística e escritural.

Detalhe, costumo vir 4 vezes por ano para Sampa.

Na viagem anterior, em outubro de 2023, mais ou menos na metade, cedí ao ímpeto e voltei a fotografar.

Nesta de janeiro de 2024, passei a também escrever.

Contudo, de fato, já estou saturando de tantas postagens.

Sinto uma certa “gastura”. E uma forte angústia ao não conseguir equilibrar: leituras / escritas / fotografias / conversas / andarilhares.

Sempre o tempo parece ser devorado por um ou outro.

Considero ter muito a dizer, se eu me der tempo, mas não tenho resiliência, fico sem energia, para resistir ao desgaste psíquico decorrente, sobretudo, da escrita e das conversas.

Embora menos energia para a escrita, já que - infiro, caso continue a fotografar e a escrever sistematicamente -, acabarei por me ver obrigado a definir uma estética com o mínimo de coerência.

Ou, então, pior ainda, em um sentido de mais desgastante, definir uma heteronimia. 

Pois refletindo sobre os textos, tenho a impressão de que há uma variedade de 

  • Eus líricos distintos com 
    • estéticas e 
    • éticas 
      • divergentes e, em alguns casos, até 
      • antagônicas.

Não creio que deseje gastar tanta energia - não só com a escrita e a fotografia, mas ainda mais, - com essa definição estética.

Enfim, devo voltar a ser - em breve, de preferência, amanhã, 19jan24, apenas e tão somente, - um feliz leitor (em sentido amplo) compulsivo e alienado.

@vanres1974 

18jan24, 1a versão 20:14 às 20:58, no ônibus com destino ao Jd. São Sacerio, entre o embarque na Av. Brigadeiro Luis Antônio, esquina com Paulista, e Av. Fagundes Filho, no início da Rod. Imigrantes.



SP Caixa Cultural “hiper-realismo no brasil” 18jan24


?qual a ética 

desta corrente estética?




ao passar 

rapidamente 

por obras de arte 

hiper-realista me pareciam 

tão inúteis e incapazes de alcançe

de seus objetivos estéticos implícitos 


para que reproduzir 

?o real em sua exatidão

na busca de beleza ideal

através de materia artificial?



 hiper-realismo




me pego 

a pensar

em meus textos 

crônicas poéticas

fotografias cruas

poemas narrativos

como “velho na paulista”

que me recorda “Ensaio n° 1”


“vida como ela é”


?porque tal busca

de representação 

hiper-realista?


não sei

se jamais

teria coragem 

de encarar tão 

ostensivamente

um ser humano outro



?mas não conseguiría

em um filme ou 

em uma foto

o contato

com o

real ?

fiquei ao menos 

uma hora sentado 

diante daquele homem


me vejo diante

do agigantado rosto

por giovani caramelo

na mostra individual

“hiper-realismo no brasil”

na caixa cultural

em pleno centro 

de São Paulo

tão próximo 

do marco

zero

na 

sé 


não haveria o choque

da tridimensionalidade

de uma obra prima como

“onde habitam meus demônios”




quantas obras de arte

em minhas andanças

centros culturais 

museus

murais

vitrais

foram

observadas

com tanta atenção 

e tamanho espanto


diante de mim

as veias suaves

os lábios caídos

a barba por fazer

a testa enrugada

os cabelos cortados

os olhos marejando

os bolsões nas pálpebras

os fios castanhos e brancos

os brilhantes olhos estatelados



enquanto isso

observava 

o público 

passava 

parava

voltava

observava

os detalhes














saio 

tendo 

a impressão

de que terei

uma “segunda chance”



@VanRes1974 

17jan24 

#metaarte #hiper-realismo 

#giovani_caramelo






 20-24 hiper-realismo


ao passar 

rapidamente 

por obras de arte 

hiper-realista me pareciam 

inúteis e incapazes de alcançar 

seus objetivos estéticos implícitos 


?para que 

a imitar o real 

em sua exatidão

na busca de beleza ideal

através de materia artificial?


cabelos de plástico

pele de silicone 

olhos de vidro


de repente

me vejo diante

do agigantado rosto

por giovani caramelo

na mostra individual

“hiper-realismo no brasil”

na caixa cultural

em pleno centro 

de São Paulo

tão próximo 

do marco

zero

na 

sé 


?qual a ética 

desta corrente  estética?

 

me pego 

a pensar

na brutalidade

em meus textos 

crônicas poéticas

fotografias cruas

poemas narrativos

como “velho na paulista

que me recorda “Ensaio n° 1”


?porque 

o anseio

de mímesis 

hiper-realista?


“vida como ela é”


não

considero

que teria coragem 

de encarar 

tão ostensivamente

um ser humano outro


?nem sequer 

a amante

ou de cujus?


?mas não conseguiría

em um filme ou 

em uma foto

o contato

com o

real ?


não haveria o choque

da tridimensionalidade

de uma obra prima como

“onde habitam meus demônios”


diante de mim

as veias suaves

os lábios caídos

a barba por fazer

a testa enrugada

os cabelos cortados

os olhos marejando

os bolsões nas pálpebras

os fios castanhos e brancos

os brilhantes olhos estatelados


fiquei ao menos 

uma hora sentado 

diante daquele homem


uma mímica 

a me demandar encarar

o outro enquanto objeto


enquanto isso 

pausava eventualmente 

para observar 

a reação 

pública


passava 

parava

voltava

observava

se aproximava

fotografava


quantas obras de arte

em minhas andanças

centros culturais 

museus

murais

vitrais

foram

observadas

com tanta atenção 

e tamanho espanto


saio 

com a impressão

de que ainda terei

uma “segunda chance”


@VanRes2023 

17jan24 26jan24

#metaarte #hiper-realismo 

#giovani_caramelo 

#mímesis #mímica imitação 



Para ver mais: 
SP Caixa Cultural “hiper-realismo no brasil”, em 17jan24



20-24 hiper-realismo


ao passar 

rapidamente 

por obras de arte 

hiper-realista me pareciam 

tão inúteis e incapazes de alcançe

seus objetivos estéticos implícitos 


?para que 

a imitar o real 

em sua exatidão

na busca de beleza ideal

através de materia artificial?


me vejo diante

do agigantado rosto

por giovani caramelo

na mostra individual

“hiper-realismo no brasil”

na caixa cultural

em pleno centro 

de São Paulo

tão próximo 

do marco

zero

na 

sé 


?qual a ética 

desta corrente  estética?

 

me pego 

a pensar

em meus textos 

crônicas poéticas

fotografias cruas

poemas narrativos

como “velho na paulista

que me recorda “Ensaio n° 1”


?porque tal busca

de representação 

hiper-realista?


“vida como ela é”


não sei

se jamais

teria coragem 

de encarar tão 

ostensivamente

um ser humano outro

que não a amante

ou um de cujus


?mas não conseguiría

em um filme ou 

em uma foto

o contato

com o

real ?


não haveria o choque

da tridimensionalidade

de uma obra prima como

“onde habitam meus demônios”


diante de mim

as veias suaves

os lábios caídos

a barba por fazer

a testa enrugada

os cabelos cortados

os olhos marejando

os bolsões nas pálpebras

os fios castanhos e brancos

os brilhantes olhos estatelados


fiquei ao menos 

uma hora sentado 

diante daquele homem


enquanto isso

observava 

o público 

passava 

parava

voltava

observava

os detalhes


quantas obras de arte

em minhas andanças

centros culturais 

museus

murais

vitrais

foram

observadas

com tanta atenção 

e tamanho espanto


saio 

tendo 

a impressão

de que terei

uma “segunda chance”


@VanRes1974 

17jan24 

#metaarte #hiper-realismo 

#giovani_caramelo









 17-24 velho na paulista

um velho

de joelhos

na paulista

em almofada 

pede em chorada voz

“moça me dê uma ajuda”

aos passantes insensíveis

em sua maioria acelerando


o velho aparentemente cego 

com olhos esbranquiçados

segura tacho pelas alças

a frente do peito magro

com tampa peculiar

em que entrevejo

moedas e notas

por uma grade

encadeada



@VanRes1974 

16jan24 17:00





 21-24 releituras


em visitas

a algumas exposições 

de arte contemporânea

me lembro da fala 

de linguista

a vinte 

anos


podemos devemos

temos motivos

para criticar 

a gramática 

mas para isso

é preciso conhecê-la 


@VanRes1974

17jan24 

#metaarte 



quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

 16-24 desesperada espera


enquanto eu

impacientemente 

espero pelo ônibus 

não consigo repouso

sinto o desespero vir à tona 


não suporto estar 

eu comigo 

mesmo


ou 

leio ou 

fotografo ou

converso ou

edito notas ou 

reviso textos ou

escrevo ou


quer 

sejam 

poemas ou

crônicas ou

agendas ou 

micronarrativas


sempre 

preciso

olhar

para

fora

e

não 

estar

em minha 

companhia

insuportável 


“mas 

na escrita

como esta 

não se analisa

não olha para dentro

não reflete sobre seu ego

não se critica e a sociedade ao redor”


se assim pensas

ao ler este ou outro texto

eu alcancei o meu objetivo


contudo, todavia, entretanto

diria que quase nunca

pois não é possível

a crítica do que 

não se conhece

aprofundadamente


ampla maioria de textos

tem sido sobre 

um eu lírico 

que de fato 

não sou eu 

mas uma projeção

de um personagem

que seria uma ideia

um outro que eu desejo

na forma que anseio seja visto

nem sempre com sucesso

do modo como eu quero

que o outro pense

sobre o eu


o que 

eu não 

consigo 

confrontar

não tem sido

os turbilhões mentais 

projetados em postagens 


mas o vazio existencial

a repetição incessante

das mesmas ideias

preconceituosas

pre-concebidas

conservadoras

superficiais

recorrentes



buraco negro

do senso 

comum

aflora


vivo em

redemoinho

que a tudo suga


eventualmente

através da escrita 

acredito conseguir 

superar a espiral

rumo ao abismo 



@vanres1974


16jan24 15:10 às 16:20

#metaescrita

#crise_do_eu




terça-feira, 16 de janeiro de 2024

 15-24 - Muros e Murais Paulistanos, 16jan24


tantas vezes 

atitudes temerárias 

para fotografias

de murais


contudo

quando revejo 

tenho a impressão 

de valerem

os riscos


em que reuno 

fotos de murais


ao longo dos últimos anos

infelizmente 

perdi 

muitas fotos e vídeos 


felizmente

retornarei 

a andar e a refotografar

ruas e praças e avenidas e viadutos


tragicomicamente

alguns murais

não existem mais


outras

de fato

são prints de vídeos

por isso a imagem 

emerge ainda pior 

do que o meu normal


ainda há 

em elaboração 

um gigantesco mural

visto do vão do Masp

em junho de 2023

em  janeiro de 2024

atrás do Hospital Nove de Julho

ocupando a cada vez mais paredões


me fascinam e assombram 

estes imensos murais 

nas laterais de arranha-céus

nos muros e paredes

nas ruas e becos 

da cidade


imagens

perderam-se

até mesmo 

da memória

ou 

surgem 

em lembranças 

saturadas

@VanRes1974 

16jan24; 18jan24