3°, mas torna-se impossível, 03/2004 - draft
, mas torna-se impossível
reconhecer quem sou
“Eu."
com
fim
final
infinito ...
agora,
estranho,
o ser e o estar
em minha companhia
sinto-me outro ao meu lado
em labirinto
no milharal
cerro olhos
boca ressecada
inclinado pescoço
ombros encurvados
doloridas costas
mão dormente
joelho ardente
arrastam-me meus pés
e “o centro
não consegue
nos conter”
, não mais
, derivo destro,
vínculos rompidos
, decepções em série,
um quê de melancolia:
se esvaem
resquícios
de esperança
, apego-me a'O Princípio
em fragmentadas memórias
anseio articular
mosaico
deformado
,
, então, eventualmente,
volta a única certeza:
nem mesmo há
meio de saber
quem estou
; como
; ou
; o quê
; era
, me reforjo,
, reinicializo,
, login no sistema,
, tento me encontrar,
, reinicializo outra vez,
, andarei bem
, devagar
, neste reinício de jornada
, tropeço em velhos sapatos
apoio-me em uma parede
de vidro
reinicializo,
pela enézima vez,
talvez reencontre
agora o
Por @VanRes2022,
03/2004, v04.e7a47 (26/09/2021; 08/11/2021, 18:50 às 19:05); 09jan24 15jan24 16/08/2024
07º , mas e se for impossível,
reconhecer quem estou
antes, decretava:
“Eu."
com fim final finito e ponto.
agora
estranho
o ser e o estar
em minha companhia
joelho arde
míopes olhos
ombros caídos
careados dentes
mãos dormentes
corcundas costas
dedos tendiníticos
arrastam-se meus pés
espinha dorsal encurva-se
e “o centro não pode conter"
não mais
derivo destro
de tantos vínculos
no temor e na cautelaa
se esvaindo cada sonho
apegando-me a'O Princípio
em fragmentadas desmemórias
articuladas em um mosaico deformado
eventualmente
volta a única certeza
nem mesmo há
meio de saber quem estou
modo de entender como
ou porque
aqui não sou
ando devagar
no reinício de jornada
tropeço em sapatos velhos
apoio-me em parede envidraçada
, olho o horizonte avermelhado
, retornar mais uma vez
, tentar me encontrar
, logar no sistema
, reinicializar
, me reforjar
então,
inspiro
respiro
suspiro
outro
sinto-me
ao meu lado
perambulando
em labirinto no milharal
Por VanRes, data perdida, v.3,03- (26/09/2021,)
7º
, mas e se for impossível,
reconhecer quem sou
antes, decretava:
“Eu."
com fim final infinito
agora, estranho o ser e o estar
em minha companhia
sinto-me outro
ao meu lado
em labirinto no milharal
joelho arde
cerro os olhos
ombros caídos
arrastam-se pés
mãos dormentes
encurvadas costas
e “o centro não pode conter”
não mais
derivo destro
tantos os vínculos
no medo e na tristeza
se esvai cada esperança
apego-me a'O Princípio
fragmentam-se memórias
articula mosaico deformado,
eventualmente, volta a única certeza:
nem mesmo há
meio de saber quem estou
modo de entender; como; ou; porque; aqui; sou;
Então,
, me reforjo,
, reinicializo,
, logado no sistema,
, tento me encontrar,
, retorno mais uma vez,
ando devagar
no reinício de jornada
tropeço em velhos sapatos
apoio-me em parede de vidro
Por VanRes, data perdida, v.3,02 (26/09/2021,)
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