355∆24 wealth Inequality desigualdade de renda
"Desigualdades na exposição ao calor extremo
Home is where the financial security is
"Interagindo com a Inteligência artificial
01/12/2023
QPor LEANDRO OLIVEIRA DA SILVA*
Precisamos estar cientes das questões críticas relacionadas à privacidade, ao viés, à discriminação e às desigualdades que a Inteligência artificial pode acentuar.
Uma questão crítica associada ao uso da Inteligência artificial (IA) está relacionada ao viés e a discriminação. O viés é um preconceito, ou uma distorção de informações que o sistema apresenta levando a resultados injustos, imprecisos, ou estereotipados.
Para exemplificar, imagine que uma empresa decide utilizar uma Inteligência artificial para contratar novos funcionários. E se os dados utilizados para treinar o sistema tenham um viés de gênero, raça e de classe social de origem , como homens brancos provenientes de famílias da classe media ocupando cargos de liderança?
A coleta e processamento dos dados para o treinamento da IA podem reproduzir preconceitos históricos presentes nas diversas fontes consultadas.
A partir disso, a Inteligência artificial pode aprender a favorecer candidatos brancos, do sexo masculino e com origem na classe média, nas seleções de cargos semelhantes.
A discriminação pode, então, estar presente em resultados que reproduzem preconceitos, quanto ao gênero, a orientação sexual, a
"Capital e desigualdade,
Por PEDRO HENRIQUE MAURÍCIO ANICETO, at nov, 27, 2020
Nas últimas décadas, o aumento da visibilidade das desigualdades socioeconômicas (em termos de classe social, gênero, etnia, religião, ocupação, etc) representa uma das tendências estruturais mais desafiadoras do início do século XXI.
No passado, havia uma legitimação de desigualdades em qualquer sociedade. No presente, a contestação dessa legitimação é um desafio constante, o qual origina uma miríade de discursos e ideologias divergentes.
No cenário atual, ainda há uma narrativa proprietarista, que defende que a superação da desigualdade seria possível atraves do empreendedorismo e da meritocracia. Essa narrativa busca justificar o regime político-econômico desigual e hiper-capitalista, que propaga a ideia de que a desigualdade moderna é o resultado de escolhas individuais, de igualdade de oportunidades e de mérito pessoal.
No entanto, essa narrativa meritocrática, que ganhou destaque no século XIX e passou por uma reformulação global no final do século XX, mostra sinais de fragilidade.
A retórica meritocrática e empreendedora (que argumenta que a desigualdade moderna é o resultado de escolhas individuais e da falta de esforço para usufruir de uma igualdade de oportunidades formal) está cada vez mais em contradição com a realidade observada pelas classes trabalhadoras, cotidianamente, nas redes sociais. Trabalhadores que percebem frequentemente que eles mesmos e seus filhos têm acesso limitado à educação crítica, a saúde de qualidade, à remuneração justa e à distribuição da riqueza.
Felizmente, nas primeiras décadas do século XXI, há uma forte contestação quanto à exclusão social e à desigualdade estrutural. Contestação decorrente, entre outros aspectos, da universalização da educação e da revolução digital.
Nesse sentido, com uma cada vez mais ampla democratização do acesso à informação tem-se construídoe um fenômeno global de revolta quanto às desigualdades. Uma revolta que infelizmente tem ocasionado, globalmente, um ressurgimento de um populismo xenófobo e ultranacionalista.
Esse movimento de reação, com viés conservador, arrisca reverter os desafios às narrativas que, no passado e no presente, tem sustentado serem naturais as desigualdades sociais e econômicas.
Na câmara dos deputados, os Dep. Eleiros , nas eleições se 2022:
"Apenas 5% se declaram pretos e outros 21%, pardos. Os de origem indígena não chegam a 1%. E os brancos representam 72% da Câmara. Os homens são 82% do total. Há aproximadamente 250 com patrimônio superior a R$ 1 milhão – sendo 26 com R$ 10 milhões a R$ 100 milhões"
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/camara-70-branca-e-80-masculina-senado-disputa-congresso-conservador/#:~:text=Apenas%205%25%20se%20declaram%20pretos%20e%20outros%2021%25%2C%20pardos.%20Os%20de%20origem%20ind%C3%ADgena%20n%C3%A3o%20chegam%20a%201%25.%20E%20os%20brancos%20representam%2072%25%20da%20C%C3%A2mara.%20Os%20homens%20s%C3%A3o%2082%25%20do%20total.%20H%C3%A1%20aproximadamente%20250%20com%20patrim%C3%B4nio%20superior%20a%20R%24%201%20milh%C3%A3o%20%E2%80%93%20sendo%2026%20com%20R%24%2010%20milh%C3%B5es%20a%20R%24%20100%20milh%C3%B5es
"To promote greater equity and social justice, progressive governments usually preach the redistribution of income flows. Unfortunately, they ignore the inequality of wealth stocks (financial and real estate). Wealth that is much greater, more difficult and more risky to redistribute.
To get an idea of the inequality in income distribution in Brazil: half of workers have income below the median minimum wage (R$ 1320). The average income of all Brazilians is R$2,921.
A Higher Education graduate from a good public university initially receives around 5 minimum wages (R$6,600) and enters the richest 10% decile. With a master's degree he earns around R$9,000, and with a doctorate he can earn R$13,200 (10 minimum wages), entering the group of the richest 5%. At the end of his career (already elderly), he can earn around 30 minimum wages (R$39,600) and is in the one hundredth of the richest 1%.
It is worth noting that public servants:
70% receive less than R$5,000,
20% from there up to R$ 10 thousand,
5% from there up to R$ 15 thousand,
4% from there up to R$ 27 thousand and
1% remaining reaches R$41,650.
CEOs (Chief executive officers) of companies, in turn, receive an average annual remuneration of R$15.3 million, including bonuses. This amount is 2.9 times the amount received by the other members of the Board, who reach an average of R$334 thousand per month, that is, an annual salary of R$4 million, without considering bonuses.
Data from the Global Wealth Report 2022 shows that in 2021, Brazil had 266,000 millionaires. The average wealth stock of the richest Brazilians was as follows:
1% had R$4.6 million,
0.1% around R$26.3 million,
0.01% R$151.5 million!
Although the influence of social movements and the appreciation of the working class may expand with democracy, this rarely happens to the detriment of high-paid groups, with congressional lobbies and interests in maintaining wealth in the bank accounts of a minority. In fact, these groups organized in lobbies benefit more from democracy, compared to larger social groups without political organization for collective action.
Even though it is almost politically unfeasible for it to be approved in the National Congress, an explicit policy of income deconcentration and wealth redistribution would be necessary to deal with social inequalities.
"Para promover maior equidade e justiça social governos progressistas costumam pregar a redistribuição dos fluxos de renda. Infelizmente, ignoram a desigualdade dos estoques de riqueza (financeira e imobiliária). Uma riqueza que é muito maior, mais difícil e mais arriscada de ser redistribuída.
Para se ter uma ideia da desigualdade na distribuição de renda no Brasil: metade dos trabalhadores tem rendimentos abaixo da mediana em torno de um salário-mínimo (R$ 1320). A renda média de todos os brasileiros está em R$ 2.921.
Um graduado em Ensino Superior em boa Universidade pública recebe inicialmente cerca de 5 salários-mínimos (R$ 6.600) e entra no decil dos 10% mais ricos. Com mestrado ganha em torno de R$ 9 mil e com doutorado R$ 13.200 (10 salários-mínimos), entrando no grupo dos 5% mais ricos. No fim da carreira (já idoso), pode atinge em torno de 30 salários-mínimos (R$ 39.600) e se situa no centésimo do 1% mais rico.
Vale observar, dos servidores públicos:
70% recebem menos de R$ 5 mil,
20% daí até R$ 10 mil,
5% daí até R$ 15 mil,
4% daí até R$ 27 mil e
o 1% restante chega até R$ 41.650.
Os CEOs (Chief executive officer) de empresas, por sua vez, recebem uma remuneração média anual de R$ 15,3 milhões, incluindo os bônus. Esse valor é 2,9 vezes o montante recebido pelos demais membros da Diretoria, os quais alcançam em média R$ 334 mil mensais, ou seja, um salário anual de R$ 4 milhões, sem considerar os bônus.
Os dados do Global Wealth Report 2022 apontam, no ano de 2021, o Brasil tinha 266.000 milionários. O estoque de riqueza médio dos brasileiros mais ricos era o seguinte:
1% tinha R$ 4,6 milhões,
0,1% em torno de R$ 26,3 milhões,
0,01% R$ 151,5 milhões!
Embora a influência dos movimentos sociais e a valorização da classe trabalhadora possam se expandir com a democracia, isso raramente acontece em detrimento de grupos com alta remuneração, com lobbies no congresso e interesses na manutenção da riqueza nas contas bancárias de uma minoria. Na verdade, esses grupos organizados em lobbies se beneficiam mais com a democracia, em comparação a grupos sociais maiores sem organização política para ações coletivas.
Ainda que haja uma quase inviabilidade política de ser aprovada no Congresso Nacional, uma explícita política da desconcentração de renda e redistribuição da riqueza são necessárias para lidar com as desigualdades sociais..
*Fernando Nogueira da Costa
https://aterraeredonda.com.br/combate-a-desigualdade-social/#:~:text=Para%20promover%20maior,milion%C3%A1rios%20em%20d%C3%B3lares.
Intervention proposal
Global debts crisis - nacional debt and austerity
"Charities must stop ignoring class when reporting pay inequality, by Sam Wait, 29 Sep 2023
The lack of charities reporting their class pay gap is making the class ceiling harder to break.
Over the 2023's summer, Civil Society looked at how or whether large charities voluntarily monitor pay disparities across the diversity of their workforce.
We found that the largest 250 charities in the country have begun voluntarily reporting pay gaps between workers based on: 27, their ethnicity; some 11 based on their disability; and just three based on sexual orientation.
Meanwhile, since 2017 all large employers have been required to report on their gender pay gap.
However, none of the 250 charities in our sample reported their class pay gap in 2022, with one beginning to do só in 2023 .
Why are charities ignoring class?
Social class appears to have slipped through the net as a characteristic that could disadvantage an employee’s wage slip in the charity sector.
This could be because class background is not a protected characteristic under the Equality Act 2010, unlike race, gender, disability and sexual orientation.
The Social Mobility Commission (SMC) has published guidance on how employers can assess the class backgrounds of their staff.
The questions it recommends employers to measure socio-economic diversity include: the occupation of an individual’s main household earner at the age of 14; the type of school they attended from 11 - 16; and whether they were eligible for free school meals.
Teach First reported its class pay gap for the first time this year. It reported a class pay gap of 4.6%, meaning working-class employees made 95p for every £1 colleagues from higher socio-economic backgrounds did.
The charity also found an underrepresentation of working-class staff in its highest pay grade, which it intends to improve upon.
"
https://www.civilsociety.co.uk/voices/sam-wait-charities-must-stop-ignoring-class-when-reporting-pay-inequality.html#:~:text=Sam%20Wait%3A%20Charities,and%20sexual%20orientation.
"Class pay inequalities in wider society
A study by SMF estimated that there is a wage gap of 13% in favour of non-working-class staff in “professional occupations” across the UK.
This means on average that professionals from working-class backgrounds were paid £6,718 less per year than their colleagues from professional-managerial backgrounds.
SMF’s report also showed that class intersected with race and gender to create larger wage biases. For example, people of Indian heritage from a working-class background were on average paid £7,181 less than people of the same heritage from professional-managerial backgrounds."
https://www.civilsociety.co.uk/voices/sam-wait-charities-must-stop-ignoring-class-when-reporting-pay-inequality.html#:~:text=Class%20pay%20inequalities%20in%20wider,heritage%20from%20professional%2Dmanagerial%20backgrounds.
"Deaton points out that more equality will not be achieved simply by tax transfers and welfare payments – they will hardly make a dent. The answer for him is state spending and investment in education and jobs for all. Deaton opposed more radical policies: “We do not need to abolish capitalism or selectively nationalize the means of production. But we do need to put the power of competition back in the service of the middle and working classes. There are terrible risks ahead if we continue to run an economy that is organized to let a minority prey on the majority.” But is not a tiny minority preying on the majority the very essence of class societies and modern capitalism? In my view, Deaton’s policy solution is just as utopian as taxation, as it does not address the control and ownership by capital of the means of production and employment of labour that ensures that a tiny minority have the vast bulk of wealth and income while society as a whole does not have enough to meet even basic needs."
https://thenextrecession.wordpress.com/2023/10/08/polycrisis-again/#:~:text=Deaton%20points%20out,even%20basic%20needs.
"The pandemic and subsequent rise in inflation and interest rates globally has exposed many of the poorest countries in the world to debt default. They owe billions to creditors, both public and private, in the so-called Global North. This they can only pay back by cutting services and any spending to meet the needs of their citizens – and increasingly they are unable to pay at all"
"A reformulação [da lei de Cotas] começou em 2022, após uma década de vigência da lei. Então, culminou na aprovação do projeto pelo Senado em outubro de 2023, sancionado agora pelo presidente Lula . “A maioria dos estudantes que mudaram a cara da universidade brasileira são os primeiros de sua família a ter acesso ao ensino superior. Isso nos diz duas coisas, a primeira é que a desigualdade no Brasil é uma realidade histórica e a segunda coisa é que é possível superá-la com políticas públicas eficientes de inclusão social” disse o presidente.
“Com alunas e alunos cotistas, nossas instituições públicas de ensino tornaram-se espaços mais democráticos, mais parecidos com a cor do Brasil real. E a representatividade avançará ainda mais com a inclusão dos quilombolas entre os grupos beneficiados pela nova Lei de Cotas”, completou."
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/lula-sanciona-nova-lei-de-cotas-mais-ampla-com-foco-nos-mais-vulneraveis/#:~:text=A%20reformula%C3%A7%C3%A3o%20come%C3%A7ou,de%20Cotas%E2%80%9D%2C%20completou.
"Desigualdades na exposição ao calor extremo
A pesquisa também aponta que essa epidemia de calor não afetará o mundo de maneira uniforme. Cerca de 80% da população afetada estarão nos países mais pobres. Enquanto isso, apenas 2% estarão nas nações mais ricas. Regiões como o Sul da Ásia e a África Subsaariana serão particularmente afetadas devido à sua localização. Além disso, pesam questões socioeconômicas que dificultam a adaptação às mudanças climáticas. A falta de um sistema de saúde de qualidade e a escassez de recursos como ar condicionado agravam ainda mais essa realidade."
https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/calor-extremo-trara-riscos-a-vida-em-capitais-brasileiras-ate-2050/#:~:text=Desigualdades%20na%20exposi%C3%A7%C3%A3o,mais%20essa%20realidade.
Home is where the financial security is
Homeownership has long been one of the main pathways for the American middle class to accumulate wealth. Despite this, the national homeownership rate declined by 5.5 percentage points between 2007 and 2016, reaching a five-decade low of 62.9%. Although homeownership has rebounded somewhat since 2016, it remains below pre-2008 levels.
And who owns these homes is starkly divided by race.
Between 2015 and 2019, more than 70% of white families owned a home, compared with just 41% of Black families, according to an analysis by Harvard University’s Joint Center for Housing Studies.
To be sure, policies like racial covenants, discriminatory mortgage lending practices and redlining fueled low homeownership rates for Black Americans long before the Great Recession. But global investors’ growing control of single-family homes only widens existing racial gaps in homeownership and wealth.
https://www.counterpunch.org/2023/11/01/how-black-families-are-being-squeezed-out-of-homeownership-by-corporate-investors/#:~:text=who%20owns%20these,homeownership%20and%20wealth.
“In 1928, just before the Great Depression began, America’s richest 0.1 percent held nearly a quarter of the nation’s wealth. By mid-century, that top 0.1 percent’s share of U.S. wealth was hovering down close to 5 percent.
In other words, by the 1950s, Americans no longer lived in an economy — and a polity — tightly rigged to enrich the already rich at the expense of average working families.
Although, sober new reports from inside the Federal Reserve system detail just how deep new inequality runs.
Here today, (...) over a century ago resonates as more relevant than ever. The progress against plutocracy the vast majority of average Americans experienced in the mid-20th century has, to an unnerving extent, gone by the boards
A half-century ago, households in our most affluent 10 percent had — after taxes and government support programs — about seven times the disposable income of households in our nation’s poorest 20 percent. That gap in 2021: about 11 times.
Back in 1965, the Economic Policy Institute detailed last month, chief executives at America’s major corporations took home 21 times as much as America’s most typical workers. CEOs last year averaged 344 times typical worker pay..
What explains stats like these? Several factors, of course, contribute to our widening inequality and economic insecurity. Right at the top of that list: the shrinking union presence, over recent decades, in America’s workplaces.
Back in the middle of the 20th century, over a third of U.S. private-sector workers carried union cards. That share now sits at just 6 percent
Government programs have, to be sure, somewhat helped poor households cope with their declining real wages. But that help — via programs like food stamps and unemployment insurance — hasn’t kept the income gap from expanding.
https://www.counterpunch.org/2023/10/24/amid-discouraging-inequality-data-some-signs-of-hope/
religião, a raça, a classe social de origem ou outras particularidades, tratando pessoas e grupos sociais de forma desigual e assimétrica.
Desse modo, as implicações éticas do uso da Inteligência artificial são profundas e complexas, considerando-se os danos que podem ser causados com uma reprodução da configuração desigual da sociedade atual.
Entre outras, as instituições relacionadas ao sistema de ensino precisam estar cientes da necessidade de educar estudantes para atentar as questões críticas relacionadas à privacidade, ao viés, à discriminação e às desigualdades que a Inteligência artificial pode acentuar ou perpetuar.
Nesse sentido, é urgente investir na promoção de uma educação crítica voltada para o desenvolvimento de habilidades tecnológicas e letramento digital, especialmente em nações menos favorecidas, para criarmos um caminho mais equitativo e mais consciente dos riscos associados à IA.
https://aterraeredonda.com.br/interagindo-com-a-inteligencia-artificial/#:~:text=%3A%20Pavel%20Danilyuk,artificial%20pode%20acentuar
Nenhum comentário:
Postar um comentário