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Prof. Dr. Vander Resende, Doutorado em Lit Bras, pela UFMG; Mestre em Teorias Lit e Crít Cul, UFSJ

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

187/24 Lula e o Genocídio de Palestinos pelo governo de Israel, 21fev24, @vanres2023

Um amigo me perguntou sobre o porquê e qual a intenção da fala de Lula ao declarar que há um genocídio dos palestinos pelo Estado de Israel.

Alguns dados atuais, de 22fev24, sobre a operação militar israelense em Gaza:

"Pelo menos 29.313 palestinos mortos e 69.333 feridos em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro. O número revisado de mortos em Israel nos ataques de 7 de outubro é de 1.139." Por Urooba Jamal, Nils Adler e Federica Marsi, 22 de fevereiro de 2024, por AlJazeera.

Se você suspeita dos números da AlJazeera, há um mês atrás a BBC, da Inglaterra, já declarava:

“Mais de 25 mil mortos em Gaza desde o início da ofensiva de Israel (21 de janeiro, BBC)

Pensando não só nesses números, considero a fala de Lula ser adequada em termos éticos e estéticos, na tentativa de, ao menos, provocar um debate acerca do conflito assimétrico no oriente médio e do massacre diário praticado pelo exército de Israel, desproporcionalmente e principalmente, de mulheres e crianças. 

Embora em termos políticos e institucionais, religiosos, históricos e conceituais, no que concerne a estrutura e conjuntura do Brasil, a fala polemizadora de Lula ocasiona uma série de problemas políticos, ainda mais a uma semana da manifestação pró-Bolsonaro no 25fev24.

Como assim? 

Contextualizo: Em 18fev24, em uma fala improvisada numa coletiva de imprensa, na Etiópia, Lula equacionou a ação do Estado sionista de Israel, na Palestina, com genocídio e extermínio sistemático, em campo de concentração e de morye, do povo judeu a mando de Hitler. Se não viu, veja após os 4 minutos na reportagem do SBT, em Adis-Abeba 

A seguir, busco fazer uma leitura dialética, considerando causas e consequências da fala de Lula, em termos de conjuntura internacional. Apos o quê emito alguns juízos de opinião, quanto a fala de Lula, via considerações estruturais e conjunturais concernentes ao Brasil.

Como disse na introdução:

Considero que em termos éticos e estéticos, Lula teria acertado ao condenar o Estado de Israel por praticar genocídio e limpeza étnica contra o povo palestino. 

Durante a audiência da CIJ (Corte Internacional de Justiça), em Haia, as águias sulafricanas demonstraram e os juízes por maioria absoluta julgaram que há intenção e operacionalização de um projeto de genocídio pelos lobos que lideram Israel contra os povo palestino.

Quanto ao ataques do Hamas no 7out, enquanto houver ações colonizadoras do  IDF (Força de Defesa de Istael) na faixa de gaza (e imperialistas dos Estados Unidos: a ocupar ilegalmente territórios na Síria e no Iraque; a fornecer armamentos em massa para Israel; a apoiar incondicionalmente o  projeto genocida intencional e operacionalizado pelo governo Netaniahu), haverá resistência armada das milícias da palestina, libano, iemen, iraque. 

Essas milícias se constituem como grupos de resistência armada ao colonialismo israelense e ao imperialismo estadunidense. 

São milícias armadas mais ou menos apoiadas em termos técnicos e logísticos pelo proto-imperialista Irã. 

Não há dúvidas quanto a elas serem ultra-conservadoras, violentas e  repressivas quanto aos seus próprios pares.

Contudo, não esqueçamos, elas surgem, sobretudo, para confrontar os colonos sionistas de Israel e apoiar a defesa dos palestinos, devido ao esvaziamento histórico por Israel e pelos Estados Unidos da OLP - Organização para a Libertação da Palesrina. E se fortaleceram e se fortalecerão  a cada ação dos colonos (settlers) israelenses; a cada massacre; a cada ...;

Principalmente já que os palestinos vivem desde a criação do Estado moderno de Israel, em 1947, oprimidos e espremidos na faixa de gaza. 

Exilados, refugiados e expulsos da terra em que seus avós e bisavós viviam há milênios, antes da chegada de tantos sionistas europeus. 

Estes sionistas que se infiltraram entre os milhões de sofridos judeus que deslocaram-se da Europa, no pós-segunda grande guerra, após o genocídio dos judeus por nazistas europeus.

Judeus que viviam, majoritariamente, há milênios, sobretudo, na Europa, em diáspora. Os quais "retornaram para a casa" de seus remotos ancestrais, após a shoah (termo que nos estudos acadêmicos tem substituído o termo “holocausto” - mas isso é outra história)

Na contemporaneidade, muitos pesquisadores e analistas da "questão palestina" consideram a Faixa de Gaza a maior prisão a céu aberto do mundo, com mais de 2 milhões de palestinos presos, massacrados e humilhados, faz décadas, numa faixa de terra de 365km2. 

O grande pesquisador Achille Mbembe, historiador camaronês, em seu incontonável "Necropolítica", descreve extensamente a "política da morte" praticada pelo Estado Sionista de Israel, na Faixa de Gaza.

Uma política que busca operacionalizar sistematicamente o extermínio não só dos palestinos que resistem ao poder colonial israelense, mas dos mais de 2.300.000 de Palestinos, que sofrem, se não o contestado genocídio, a limpeza étnica dos palestinos aprisionados no campo de concentração e da morte de gaza. Algo que não é recente e que só se agravou desde o 7out23.

 Já são quase 30 mil palestinos, majoritariamente, mulheres e crianças, mortos em 130 dias: 

em torno de 250 mortos por dia em 365 km2; 

aproximadamente 2 mortos por km2 a cada 3 dias, em média.

 E são quase dois milhões de palestinos que agora estão sofrendo ainda mais do que antes do 7 de outubro, com doenças curáveis, fome provocada.

Segundo o:

(e)nviado da ONU para o Médio Oriente: 2 milhões em Gaza enfrentam extrema insegurança alimentar 

O enviado das Nações Unidas para o Oriente Médio, Tor Wennesland, disse ao Conselho de Segurança da ONU que [...] visitou a Faixa no início desta semana, disse que mais de 2 milhões de pessoas em Gaza – de uma população de cerca de 2,3 milhões – enfrentam extrema insegurança alimentar, bem como escassez de água, medicamentos e  abrigo em condições insalubres." (AlJazeera, live update 22fev24)

O IDF bombardeia e destrói hospitais, armazéns, universidades, plantações agrícolas e criações de animais, casas , prédios, ruas, ...

Considerando essa necessariamente longa, mas mesmo assim, simplificadora sçcontextualização, agora resumo uma análise dialética:

A hipótese:

Lula agiu de forma ética e correta ao acusar o Estado de Israel de agir de forma extremada e violenta contra os palestinos, punindo de forma coletiva mais de 2 milhões de palestinos como resposta ao ataque terrorista das milícias palestinas.

A antítese: 

Israel ataca para se defender de uma ameaça existencial e em resposta ao ataque terrorista de 7 out 23, em que morreram mais de 1100 israelenses entre soldados e civis, além de buscar resgatar quase 300 sequestrados. Segundo alegações de Israel (questionadas por analistas mais e menos confiáveis) as milícias palestinas em Gaza teriam executado crianças, adolescentes, idosos, …. Além de que o Hamas e outras milícias, como a jihad islâmica, fizeram centenas de reféns, entre eles crianças e idosos e militares.

A síntese: 

 As milícias palestinas extrapolaram no 7 de Out. Contudo, mesmo com os traumas do 7out, não se justifica a intensidade e assimetria da punição coletiva ao povo palestino. Uma punição peroetrada pelo governo do Estado de Israel, de forma orquestrada. Um governo que reiteradamente expressou a intenção de operacionalizar uma eliminação sistemática e massiva da população palestina. Uma  população que vive aprisionada em um campo de concentração de 365km2. Dentro desse campo da morte, vem ocorrendo o deslocamento contínuo da população civil palestina. Isso, entre outras formas, por meio de um bombardeio massivo das cidades e campos de refugiados. Com a destruição e o bombardeio de cidades, campos de refugiados, universidades, hospitais. Tudo isso e mais, em um território colonizado de uma população oprimida por Israel há décadas.

Nesse sentido, a fala de Lula é etica e esteticamente válida. Em termos éticos, pela tentativa de influenciar na interrupção do genocídio, devido ao impacto internacional da fala de Lula.

Lembremos que Lula e um líder do sul global, carismático e reconhecido, cujo governo, no ano de 2023, apresentou resolução para cessar-fogo em Gaza,  quando o Brasil era membro provisório do Conselho de Segurança da ONU. Neste ano de 2024, lidera o G20; no ano de 2025, liderará BRICS+; em 2026, a COP 30; ...

Contexto para uma necessária intervenção, de líderes como Lula, na arena pública internacional: a pressão diplomática externa de vários países do Sul Global, não tem surtido efeito; Estados Unidos bloqueiam qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU (como a proposta pelo Brasil ano passado) que demandem o cessar fogo imediato; o Estado de Israel continua a demonstrar intenção de operacionalizar a eliminação ou ao menos a limpeza etnica da faixa de gaza;

Isto é, Israel não segue a resolução da CIJ (Corte Internacional De Justiça), de que deve interromper as ações intencionais que operacionalizem o genocídio e a limpeza étnica.

Nesse contexto, a fala de Lula acerta em termos éticos e estéticos, pois traz o debate sobre o genocídio a tona. E pela forma e intensidade da fala, causou um choque estético pelo modo e estilo como foi feita, sem meias palavras.

E esperamos que tal choque possa levar outros países a pressionar o governo de Herzog e Netaniahu para entrar em acordo com as milícias palestinas, cessar as ações genocidas e possibilitar um acordo de paz que também proporcione segurança ao Estado de Israel e ao povo judeu

Contudo, em termos políticos, institucionais, religiosos, históricos e conceituais, considero que, em 18/02/24, em Adis Abeba, na Etiópia, Lula cometeu um dos maiores, se não o maior, erro político de sua carreira ao acusar o Estado Sionista de Israel por praticar o holocausto.

Tento não considerar o contexto de forma polemista de uma ideologia contra contra outra; nem dicotômica, de bem contra o mal; nem míope de quem confunde o bosque ao redor do riacho com uma floresta.

Espero sinceramente estar equivocado. 

Contudo, na véspera do 25fev, com evento pró-bolsonaro na Av. Paulista, Lula acusar Israel de genocídio lança gasolina nas manifestações que acontecerão com o apoio e até financiamento de líderes evangélicos ultra-conservadores.

Líderes evangélicos como aquele que informou que financiaria parte do evento dondia 25fev24; ou como aquele líder da bancada evangélica na câmara dos deputados, em Brasilia, que, semana passada, defendeu a "família nos moldes judaico patriarcal", além de declarar ser o governo Lula “igrejofóbico” e “bibliofóbico”.

Considerando a estrutura polarizada brasileira da última década - 2013-2024 -, e a conjuntura de um possível rescaldo do movimento golpista de 8jan23, com uma manifestação pró Bolsonaro marcada para o dia 25fev24, a postura de Lula em termos politicos e institucionais pareceu desconsiderar a crise política que vivemos no Brasil

Já que a fala do presidente pode colocar na Av. Paulista, no domingo, um gasoduto vazando na frente da fiesp que pode realimentar a fogueira golpista. 

Destaco que até a tarde de quarta feira, 21fev24, já foram reunidas mais de 120 assinaturas, na contagem mais baixa, por um impeachment de Lula. 

Segundo o Uol

"O pedido que os deputados pretendem protocolar na Casa diz que Lula "cometeu hostilidade contra nação estrangeira", "comprometeu a neutralidade" do País e expôs o Brasil a "perigo de guerra", como define a Lei do Impeachment, no artigo 5.º, inciso 3."

Algumas mídias ja contam que há 129 assinaturas: recorde histórico para um pedido de impeachment. O recorde anterior era de Dilma Rousseff com 124 assinaturas.


Recomendo a quem se interessar, acompanhar as últimas noticias acerca do pedido de impeachment no agregador do Google Notícias: Impeachment Lula.

A fogueira golpista se apagava por falta de combustível, por sofisticada e inteligente contenção dos focos de incêndios localizados, com os fogos suprimidos pelo MJ, PGR e STF. 

A fala improvisada de Lula instalou um gasoduto vazando na Avenida Paulista. E como os focos de incêndio estão aumentando, parecendo crescer na antevéspera da manifestação na av. paulista, pode haver um incêndio incontrolável, atingindo templos e igrejas e campos secos que tem sido preparados faz tempos para queimar. 

Lula, a sua fala, o neoconservadorismo agradece.

Mas a história ainda é mais longa e tem ainda mais nuances.

Mas tratarei disso em outros textos.

Ou, se quiser, podemos combinar um bate papo!

Há braços

@vanres2023

21-22/02/24

sobre dia 21

185-#24 em tantos versos, @vanres#2023, 210224

185c-24 re-missões, por @vanres#2002, 21/fev/24

185b-24 Entre marginais, Rosendo e De Jesus, por @VanRes#2016, em 21fev24

182/24 Lula e o Genocídio por Israel em Gaza, 21fev24, @vanres2023


Sobre a questão crise política brasileira: 

172/24 - 25fev24- a última esperança de Bolsonaro! Uma nova Intentona Golpista!?!?

123/24 - Dividindo as hostes: Lideranças do 8Jan: finalmente: 10fev24, por VanRes2016.

109/24 - 86 condenados, mais 15, pelo 8Jan23: Danos "Moraes" e "Conflito de interesses" entre indiciados, por Vander Resende, em 21/02/24


versão anterior

182/24 Sobre o Genocídio - e não holocausto - perpetrado por Israel em Gaza, 21fev24, @vanres2023

[20/2 19:35] Rrrrrr Mat: .

[20/2 19:36] Rrrrrr Mat: ..

[20/2 19:36] Rrrrrr Mat: ...

Um amigo me perguntou sobre o porquê e qual a intenção da fala de Lula sobre a crise Palestina.

Meu amigo!

Primeiro o contexto, segundo o Uol:

"No domingo, 18[18/02/24], durante entrevista coletiva em Adis-Abeba, na Etiópia, Lula criticou a incursão de Israel em Gaza. O presidente fez um paralelo entre a morte de palestinos e o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler. "O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula."

Há muita redução na fala de Lula, mas isso fica para outro momento.

Mesmo sem isto, a questão é muito complexa. Lula equaciona a ação do Estado sionista de Israel, na Palestina ao Holocausto de judeus por Hitler.

A seguir, busco fazer uma leitura dialética dos fatos, considerando causas e consequências da fala de Lula em termos de conjuntura e internacional. Alem disso, emito alguns juízos de opinião, a partir de considerações estruturais e conjunturais quanto ao Brasil.


Resumidamente: Considero a fala de Lula ser adequada em termos éticos e estéticos, na busca de intervir no conflito localizado no oriente médio. Embora em termos políticos e institucionais, religiosos, históricos e conceituais, da estrutura e conjuntura do Brasil, a fala de Lula foi bastante equivocada, ainda mais às vésperas do 25fev24.


Como assim? Considero que em termos éticos e estéticos, Lula teria acertado ao condenar o Estado de Israel por praticar genocídio e limpeza étnica contra o povo palestino. 


Durante a audiência da CIJ (Corte Internacional de Justiça), em Haia, as águias sulafricanas demonstraram e os juízes por maioria absoluta julgaram que há intenção e operacionalização de um projeto de genocídio pelos lobos que lideram Israel contra os cordeiros palestinos.


Quanto ao ataques do Hamas no 7out, sempre haverá ovelhas desgarradas palestinas e outros bodes da resistência furiosa, que confrontaram os lobos em pele de cordeiro sionistas, para defender os cordeiros do sacrifício.


Principalmente quando a ampla maioria dos cordeiros vivem desde a criação do Estado moderno de Israel, em 1947, oprimidos e espremidos na faixa de gaza - exilados e expulsos da terra em que seus avós e bisavós viviam há milênios, antes da chegada de tantos sionistas europeus, entre os sofredores judeus, que viviam, majoritariamente, faz milênios, sobretudo na Europa, em diáspora, e que "retornam para a casa" de seus remotos ancestrais, após a Shoah.


Muitos pesquisadores e analistas da "questão palestina" consideram a Faixa de Gaza a maior prisão a céu aberto do mundo, com mais de 2 milhões de cordeiros presos, massacrados e humilhados faz décadas, numa faixa de terra de 365km2. 


O grandioso pesquisador Achille Mbembe, historiador camaronês, em seu incortonável "Necropolítica", descreve extensamente a "política da morte" praticada pelo Estado Sionista de Israel em na Faixa de Gaza.


Uma política que busca operacionalizar o extermínio dos que resistem ao poder colonial israelense e, se não o genocídio, a limpeza étnica dos cordeiros de Gaza. Algo que não é recente, mas só se agravou desde o 7out23.


 Já são quase 30 mil palestinos, majoritariamente mulheres e crianças, mortos em 130 dias: em torno de 250 mortos por dia em 360 km2; aproximadamente 2 mirtos por km2 a cada 3 dias, em média.


 E são quase dois milhões que agora estão sofrendo ainda mais do que antes, com doenças curáveis, fome provocada. 


O IDF (Força de "defesa" Israelense) bombardeia e destroi hospitais, armazéns, universidades, plantações agrícolas e criações de animais, casas , prédios, ruas, ...


 Resumindo a análise dialética:

A hipótese é de que Lula agiu de forma ética e correta ao acusar o Estado de Israel de agir de forma extremada e violenta contra os palestinos, punindo de forma coletiva 2 milhões de palestinos como resposta ao ataque terrorista do Hamas.

A antítese é que Israel ataca para se defender de uma ameaça existencial e em resposta ao ataque terrorista de 7 out 23, em que morreram mais de 1100 israelenses entre soldados e civis, além de buscar resgatar quase 300 sequestrados.

A síntese é que o Hamas parece ter extrapolado no 7 de Out, segundo alegação de Israel tendo matado crianças, adolescentes, idosos. Além de que o Hamas e outraa milícias fez centenas de reféns entre eles crianças e idosos, e militares. com tudo mesmo com esses questões traumaticas do ataque terrorista de sete de setembro, não se justifica que o Estado de Israel haja de forma orquestrada organizada intencional para operacionalizar a destruição o bombardeio de uma população colonizada por Israel há dezenas de anos.

Nesse sentido, a fala de Lula é etica e estética pela defesa de influenciar na interrupção do genocidio, devido ao impacto internacional da fala de Lula, como um líder global carismático e reconhecido, que ano passado apresentou resolução para cessar fogo quando era membro provisório do conselho de segurança da ONU, liderava os Brics e, esse ano, o G20.

E como a pressão diplomática externa de vários países não tem surtido efeito e os Estados Unidos bloqueiam qualquer resolução do conselho de segurança (como a prposta pelo Brasil ano passado) que demandava o cessar fogo imediato, além do que Israel não segue a resolução da CIJ , corte internacional de justiça, de que deve interromper as ações intencionais que o operacionaluzam .

Entao, a fala de Lula acerta em termos éticos e estéticos, pois traz o debate sobre o genocídio a tona e pela forma e intensidade pode ter resultado estético de choque e , espera-se tão choque possa levar outros países a pressionar israel para que entre em acordo com o Hamas que cesse as ações genocidas e que possibilite pelo acordo de paz também a segurança de israel.. 


Contudo em termos políticos, institucionais, religiosos, históricos e conceituais, considero que Lula cometeu um dos maiores, se não o maior, erro político de sua carreira ao acusar o Estado Sionista de Israel por praticar o holocausto.


Não considerando o contexto de forma polemista de um articulista contra outro, nem dicotômica de bem contra o mal, nem míope que confunde o bosque ao redor do riacho com uma floresta.


Espero sinceramente estar equivocado. Contudo, na véspera do 25fev, pró-bolsonaro na Av. pPaulista, Lula acusar Israel de holocausto lança muito gasolina nas manifestações que aconteceramm com o apoio e até financiamento de líderes evangélicos ultra-conservadores.


Como aquele líder da bancada evangélica na câmara dos deputados que defende a "família nos moldes judaico patriarcal" e que declara que o governo Lula prega a igrejofobia e bibliofobia.


https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/02/11/lider-da-frente-evangelica-afirma-que-brasil-vive-bibliofobia-e-critica-stf-por-xeretar-congresso.ghtml#:~:text=Ao%20ser%20questionado,um%20n%C3%BAcleo%20familiar.




Abordando a questão política, comemorar a fala de Lula, nesse contexto, desconsidera a crise política que vivemos no Brasil


Pois a fala do presidente coloca na av. paulista no domingo, um gasoduto vazando na frente da fiesp que alimenta a fogueira golpista.


Uma fogueira que se apagava por falta de combustível e sofisticada e inteligente contenção dos focos de incêndios localizados. Fogos suprimidos pelo MJ, PGR e STF. 


E se esse gasoduto engolir o fogo que parece crescer na av. paulista, vai incendiar-se sem controle, atingindo templos e igrejas e campos que tem sido preparados faz tempos para queimar. 


Lula, a sua fala, o neoconservadorismo agradece.


Mas a história aínda é mais longa.


Se quiser

, podemos marcar um bate papo!




Ha braços


@vanres2023

182/24 Sobre o Genocídio - e não holocausto - perpetrado por Israel em Gaza, 21fev24, @vanres2023

[20/2 19:35] Rrrrrr  Mat: .

[20/2 19:36] Rrrrrr  Mat: ..

[20/2 19:36] Rrrrrr  Mat: ...

Um amigo me perguntou sobre o porquê e qual a intenção da fala de Lula.

Meu amigo!

Primeiro o contexto, segundo o Uol:

"No domingo, 18[18/02/24], durante entrevista coletiva em Adis-Abeba, na Etiópia, Lula criticou a incursão de Israel em Gaza. O presidente fez um paralelo entre a morte de palestinos e o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler. "O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula."

Há muita redução na fala de Lula, mas isso fica para outro momento.

Mas isso fica para outro momento.

Quanto à acusação de holocausto dos palestinos em Gaza pelo Estado de Israel, a questão é muito complexa, mas busco fazer uma leitura dialética dos fatos e com juizo de opinião, a partir de considerações esttuturais e conjunturais

A partir desta leitura, considero que em termos éticos e estéticos, Lula teria acertado se condenasse o Estado de Israel por praticar genocídio e limpeza étnica contra o povo palestino. 

Durante a audiência da CIJ (Corte Internacional de Justiça), em Haia, as águias sulafricanas demonstraram e os juízes por maioria absoluta julgaram que há intenção e operacionalização de um projeto de genocídio pelos lobos lideram Israel contra os cordeiros palestinos.

Quanto ao ataques do Hamas no 7out, sempre haverá ovelhas desgarradas palestinas e outros bodes da resistência furiosa, que confrontaram os lobos em pele de cordeiro sionistas, para defender os cordeiros do sacrifício.

Principalmente quando a ampla maioria dos cordeiros vivem desde a criação do Estado moderno de Israel, em 1947, oprimidos e espremidos na faixa de gaza - exilados e expulsos da terra em que seus avós e bisavós viviam há milênios, antes da chegada de tantos sionistas europeus, entre os sofredores judeus, que viviam, majoritariamente, faz milênios, sobretudo na Europa, em diáspora, e que "retornam para a casa" de seus remotos ancestrais, após a Shoah.

Muitos pesquisadores e analistas da "questão palestina" consideram a Faixa de Gaza a maior prisão a céu aberto do mundo, com mais de 2 milhões de cordeiros presos, massacrados e humilhados faz décadas, numa faixa de terra de  365km2. 

O grandioso pesquisador Achille Mbembe, historiador camaronês, em seu incortonável "Necropolítica", descreve extensamente a "política da morte" praticada pelo Estado Sionista de Israel em na Faixa de Gaza.

Uma política  que busca operacionalizar o extermínio dos que resistem ao poder colonial israelense e, se não o genocídio, a limpeza étnica dos cordeiros de Gaza. Algo que não é recente. mas só se agravou desde o 7out23.

 Já são quase 30 mil palestinos, majoritariamente mulheres e crianças, mortos em 130 dias: em torno de 250 mortos por dia em 360 km2; aproximadamente 2 mirtos por km2 a cada 3 dias, em média.

 E são quase dois milhões que agora estão sofrendo ainda mais do que antes, com doenças curáveis, fome provocada. 

O IDF (Força de "defesa" Israelense) bombardeia e destroi hospitais, armazéns, universidades, plantações agrícolas e criações de animais, casas , prédios, ruas, ...

 Se Lula acertou em termos éticos e estéticos, em termos políticos, morais, institucionais, religiosos, históricos e conceituais, considero que Lula cometeu um dos maiores, se não o maior, erro político de sua carreira ao acusar o Estado Sionista de Israel por praticar o holocausto.

Não considerando o contexto de forma polemista de um articulista contra outro, nem dicotômica de bem contra o mal, nem míope que confunde o bosque ao redor do riacho com uma floresta.

Espero sinceramente estar equivocado. Contudo, na véspera do 25fev, pró-bolsonaro na Av. pPaulista,  Lula acusar Israel de holocausto lança muito gasolina nas manifestações que acontecerão com o apoio e até financiamento de líderes evangélicos ultra-conservadores.

Como aquele líder da bancada evangélica na câmara dos deputados que defende a "família nos moldes judaico patriarcal" e que declara que o governo Lula pratica a "igrejofobia e bibliofobia.

Abordando a questão política, comemorar a fala de Lula, nesse contexto, desconsidera a crise política que vivemos no Brasil

Pois a fala do presidente leva lenha seca e carvão para o domingo na av. paulista, e abre gasoduto de forma descontrolada que realimenta a fogueira golpista.

Uma fogueira que se apagava por falta de combustível e de sofisticada e inteligente contenção dos focos de incêndios localizados. Fogos suprimidos pelo MJ, PGR e STF. 

E se esse gasoduto engolir o fogo que parece crescer na av. paulista, vai incendiar-se sem controle, podendo atingir templos e igrejas e campos que tem sido preparados faz tempos para queimar. 

Lula, a sua fala, o neoconservadorismo agradece.

Mas a história aínda é mais longa.

Se quiser, podemos marcar um bate papo!

Ha braços

@vanres2023

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