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sábado, 24 de fevereiro de 2024

187/24 Genocídio em Gaza, visita de Blinken e ainda a fala de Lula, @vanres#2016, 24fev24 

Alegam defensores da fala de Lula, 

feita em Adis Abeba, 

no domingo, 18fev24, 

que foi intencional e planejada.


A fala dizia respeito ao genocídio 

intencional, operacionalizado, sistemático, ...

dos palestinos na faixa de gaza

pelos governos e instituições do Estado de Israel 


Não sei se ficou explícito 

em meu  texto anterior 

sobre o tema, 

mas expando.


Por mais 

que possa ter sido 

planejada e intencional 

considero que não podia

ter vindo em uma pior hora. 


Poderia ser após a manifestação 

do 25 de fevereiro, pró-Bolsonaro,

planejada para a avenida Paulista.


Ou, se era 

realmente urgente, 

e considero que era, 

que se fizesse na quarta ou quinta,

enquanto chanceleres, ministros 

de negócios estrangeiros, 

das relações exteriores, 

secretários de estado 

do G20, estavam 

no Brasil. 


Ou, ainda antes, 

durante ou depois

daquelas tão alardeadas

reuniões bilaterais com

Anthony "the Blinken" 

ou Sergei Lavrov.


Entendo a complexidade 

e dificuldade de acertar o tom, 

em uma fala pública 

sobre um tema 

tão complexo. 

Cito, 

como anedota, 

o meu próprio caso, 

tendo tido muita dificuldade

em achar um tom "adequado"

para o texto que escrevi a respeito,

que publiquei em 22fev24.


 Pois eu pretendia

marcar a minha revolta 

com o genocídio em gaza, 

mas queria apresentar uma leitura

 menos polemizadora, 

para não espantar

meus leitores


 Sei que não ficou neutro 

nem era intenção


Ao mesmo tempo

embora concorde 

com o conteúdo da fala 

sinto uma incerta necessidade de criticar o momento e o lugar em que foi feita.

Considero que, 

como já declarei, antes, 

a fala do Lula seria muito mais adequada e alcançaria um público internacional muito mais amplo e qualificado e amplo se fosse feita quarta-feira, 210224, por exemplo, durante a reunião dos chanceleres e secretários de estados do G20. 

Que ocorreu aqui no Brasil.

Ou em uma coletiva 

ao lado de Blinken

 O secretário de Estado

dos Estados Unidos 


Lembremos 

que o imperium americanum

apoia Israel incondicionalmente 

agindo em favor de Israel, 

fornecendo milhares de bombas,

e suporte logístico, "moral" e afins


Bombas

não esqueçamos 

 mataram em torno de 30.000 

palestina, majoritariamente,

mulheres e crianças.


Então seria 

extremamente impactante

um discurso de Lula

para as autoridades

diplomaticas do G20


Isso claro 

se realmente foi

 intencional  e planejado

Contudo, acompanhando falas inprovisadas de Lula há quase 30 anos, considero que de fato ele fez m****. 

E na fala improvisada durante a entrevista não conseguiu segurar a raiva e frustração com a continuidade da operacionalização do genocídio em casa

O tom da fala 

demonstra justa indignação 

e exasperação com as ações 

genocidas do governo de Israel

 

Contudo, 

após a reunião

 diplomática do G20;

 bilaterais de Lula com Blinken e Lavrov, 

tendo a fala de Lula sido contestada, 

mas não sofrendo reprimenda pública,

 não consigo parar de pensar 

em outra interpretação.


 Talvez

 o momento e lugar 

tenham sido realmente 

planejado de forma estratégica, 

para causar danos diplomáticos menores.


Desenvolvo: 

será que a fala ter sido na Etiópia, 

no domingo, não teria sido feita 

para controle prévio de danos?

Será que a fala de Lula 

não teria sido uma forma 

de se posicionar a respeito 

do genocídio dos palestinos pelos israelenses 

antes do encontro diplomático do G20 e com Blinken e Lavrov.


Pelas falas anteriores 

e pelos posicionamentos 

éticos e coerentes de Lula, 

seria exigido do presidente brasileiro

 fazer uma fala crítica contundente 

em relação ao genocídio em gaza

pelos apoiadores do governo

 durante a reunião do G20 

e nos encontros bilaterais. 


Então Lula apresenta 

o seu posicionamento antes, 

para não confrontar abertamente 

os altos emissários da diplomacia do G20.


 Muitos dos quais, 

os governos têm apoiado

 incondicionalmente Israel,  

como estados unidos, 

alemanha

e frança

Considerando 

o histórico consiliador

do presidente Lula

posso estar errado, 

mas não poderia 

deixar de colocar 

essa inferência. 

Já que não faz muito sentido 

em termos diplomáticos e geopolíticos

 a forma atabalhoada 

em um fórum 

inadequado.


Contudo, dia 18fev,

falar após a reunião 

de cúpula dos Estados Africanos, 

para o qual o Brasil fora convidado,

 seria uma forma de Lula 

ganhar bônus

sem o ônus

de se expressar 

sobre o tema do genocídio 

na reunião muito mais sensível 

do G20 onde haveria uma audiência

 muito mais ampla e com diplomatas 

dos 20 estados mais ricos e poderosos do mundo

Se a fala em Adis Abeba 

já colocou fogo no parquinho,

 imagine se fosse feita no meio dessa semana 

no encontro dos diplomatas do G20 

ou nas reuniões bilaterais.


Blinken e outros diplomatas do G20

 seriam obrigados, por coerência com o apoio incondicional de seus governos ao Estado de Israel, 

a se posicionarem de forma forte e contundente

 quanto a acusação de genocídio 

e até mesmo de holocausto 

de palestinos 

pelo governo 

de Israel.


Uma nova fala 

justamente exaltada

 de Lula  sobre o genocídio

corrobora para mim a leitura

desse uso estratégico 

de uma denúncia

do genocídio.


Na sexta, 23fev24,

Lula volta a expressar

a  indignação com o genocídio em gaza

em um lançamento de um edital 

da Petrobrás Cultural.



Novamente 

Lula se exaulta

novamente crítica 

o genocídio em gaza

e novamente em um fórum 

em um lugar e em um momento

também não tão relevante 

em termos diplomáticos


a platéia vibra

e Lula se apresenta 

como um líder global


mas menin@ 

nos não vimos 

ele falar publicamente

como falou ontem e domingo

tão indignadamente na quarta

ao menos em eventos 

públicos do G20


o Lula 

conciliador

de classes sociais

e agora de nações

se calou na quarta 

quando realmente 

poderia ter feito

uma enorme diferença 

não para uma platéia 

de apoiadores estasiados

como a de ontem

mas para aqueles diplomatas

diretamente responsáveis

pelo genocídio

devido ao apoio 

militar financeiro

 logístico moral

oara a continuidade 

do genocídio 


Se não foi isso, 

considero tais improvisos

 como duas das mais inadequadas estratégias, 

de tantas possíveis ao governo do Brasil, 

para questionar de fato 

e realmente 

fazer alguma diferença

quanto ao genocidio 

dos palestinos

pelo governo 

do estado 

de Israel.


@vanres#2016


24fev24

versão 10:35



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